O vinho é sinal de alegria, amor e festa



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 2º Domingo do Tempo Comum, que é o período de fazermos uma caminhada e revivermos os principais momentos do Mistério da nossa Salvação.

Estamos diante da  a imagem do Casamento, que é o ápice da relação de amor do esposo que é  (Deus) fez com o seu Povo escolhido, a esposa. Vimos isso no episodio nas Bodas de Caná. Esta liturgia nos faz entrar na festa da grande alegria, pois é Deus que sempre garante a festa para nós, lugar que nós encontramos com todos e com Deus.

No livro do Profeta Isaias, temos a imagem do Casamento que nos mostra de modo maravilhoso a relação que existe entre Deus que caminha conosco com a humanidade toda. O nosso Deus é um Deus presente. Podemos dizer que Deus fez uma aliança de um casamento com seu Povo, Israel. Muitas vezes a esposa se afasta de Deus, buscando outros amores menores como adorar outros deuses que passa , enganando-se e dando-nos uma falsa impressão de verdade e felicidade.. (cf. Is 62,1-5)

Na primeira carta de São Paulo aos Coríntios, nos fala dos carismas e dos dons que são dados a nós e isso é para demonstrar que o Amor de Deus continua se manifestando a nós. Deus sempre é fiel. Deus destina a todos os seus bens, mas isso é para proveito da comunidade. Há muitos dons e carismas, são como os nossos membros, mas o que nos une ao Pai, ao Filho e O Espirito Santos que se torna visível no amor infinito de Deus agindo no meio de nós.(cf.1Cor 12,4-11)

No Evangelho de São João, percebemos o primeiro sinal de Jesus na sua vida publica e ela nos revela uma realidade muito profunda. O que houve no episodia das Bodas de Caná é para atestar o amor que Deus tem a cada um de nós.. Deus quer a nossa alegria e felicidade plena. É a experiência da festa do Reino acontecendo entre nós. O noivo é entendido como Jesus, o esposo no meio de nós, pois e Ele está no mundo para celebrar as bodas de Deus com a nossa humanidade.

            A cena do casamento nos leva ao contexto da Aliança entre o Povo de Deus (Israel) com seu Deus. Sabemos que aliança há uma escassez quando se fala na falta do vinho.  Aqui o vinho simboliza o amor, alegria e a festa do esposo com a esposa.

A antiga aliança demostrou desgastada e seca, já não tinha um amor inflamado e nem alegria de estar com o Senhor. A festa já tinha perdido o brilho e ninguém queria mais festejar.. Algo já não proporcionava aquele belo encontro de Deus com seu Povo , Israel devido as varias transgressões e afastamento da aliança que Deus fez com esse povo, já perdeu todo sentido para eles. Como podemos identificar esta falência de relacionamento do Povo com Deus?

Isso pode se notar na "seis talhas de pedra destinadas à purificação dos judeus". Sabemos que o numero 6 nos transporto por imperfeição algo incompleto. A pedra nos leva ao contexto das Tabuas da Lei que foi dada a Moisés no Sinai e também a Ezequiel que dizia que o povo estava com coração de pedra. Sobre a purificação nos remete aos ritos e exigências da antiga Lei. O povo acha que era a lei impositiva de Deus e que era temido, mas não amado ao ponto de querer-se ficar perto do Deus da vida. As talhas vazias significam que esses utensílios já eram inúteis e ineficazes, já não serviam para aproximar os homens a Deus.

O que significa as Bodas de Caná sem o vinho? Isso nos reme a situação que o povo vivia, já sem motivação, desiludido e sem satisfação. O amor estava na observação da lei e nada mais disso. Jesus é o vinho novo, o que  era velho vai ser substituído pelo novo agir em gestos e palavra de Jesus no mundo. Um Cristo que atende ao pedido de Maria, a nova mulher: “façam tudo o que ele vos disser”. Agora Maria é diferente de Eva, pede para ter a alegria, vida e felicidade de volta ao casamento e não como foi Eva que fez cair sobre a humanidade o pecado e a morte.

            Aqui há algo diferente no cenário das Bodas  com atuação de personagem como:

1.                       Maria, a mãe que é previdente, ela percebeu que não havia mais o vinho, mas tem iniciativa e é providente, aponta um caminho para a solução que é Jesus, Ela é perseverante na aparente indiferença de Cristo quando diz O que quer de mim, ainda não chegou a minha hora,
2.     
             O Chefe de mesa, o que tem a responsabilidade de dirigir a festa, ele representa os dirigentes judeus daquela época. Esses não perceberam que a antiga Lei já não atendia mais, pois a Antiga Aliança caducou.

3.                     Os serventes são aquele que colaboram com o Messias, pois se mostram que estão disponíveis a fazer tudo que Jesus disser para que haja uma nova realidade em que Aliança seja renovada e vitalizada em Cristo.

4.                   Agora Jesus é o esposo fiel, um Israel fiel com a mulher fiel, representada pela mãe de Jesus, que dirige a Ele. Uma obra nova acontece com Jesus, o vinho torna-se presente e é o melhor. A transformação da realidade que deve partir da conversão e mudança de vida que vai ser percebido nas transformações de vida, sem pecado da pessoas.

                 Com Jesus, temos a alegria, a vida e o amor de volta. Sabemos que tudo isso é quando chegar a hora de Jesus, mas ela foi antecipada pelo pedido da mãe, mulher fiel aos desígnios de Deus, Maria. Então alegria vem para todos os convidados, o noivo e a esposa fiel, que hoje somos todos nós. . (cf. Jo 2,1-11)

                 Que esta liturgia nos ajude a vivemos uma vida de relações novas a onde priorizamos a alegria, a festa e o amor.

Tudo por Jesus nada sem Maria 

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

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