Temos um Deus vivo que faz a
justiça
Queridos irmãos e irmãs, estamos
celebrando o 32º Domingo do Tempo Comum. Mais um ano litúrgico chega ao fim e
está por duas semanas ser finalizado com a festa do Cristo Rei. Fizemos uma
caminhada e podemos dizer que cremos no Deus vivo. A caminhada que fazemos rumo
ao céu é a certeza que vamos ressuscitar dos mortos. Isso que nos faz caminhar
nessa jornada na terra.
Se olharmos a Bíblia, percebemos
por longo caminho dela não se fala em Ressurreição dos mortos, mas Israel
começou afalar do despertar dos mortos daqueles que estão dormindo no pó da
terra.
No Livro 2 Macabeus já se
encontra a narrativa da Ressurreição. O contexto da família de Macabeus diante
da perseguição do rei Antioco. Aqui vemos a beleza da fé e do testemunho da família
Macabeus no Deus vivo e eles não sucumbiram
diante da maldade do rei, mas ficaram firmes na fé dos seus
antepassados. O que os faziam forte? Era a fé na ressurreição dos mortos, podem
matar o corpo, pois é Deus que dá a ressurreição. Nada os fazem desanimar e nem
desistir da fé em Deus, mesmo as perseguições do rei.
A beleza das respostas de cada
Macabeus que nos fazem tomar partido de Deus e não de ideologias do poder de
qualquer matizes. São os seguintes dizeres: - "Estamos prontos a morrer,
antes de violar as leis de nossos pais", "Tu, ó malvado, nos tiras
desta vida presente. Mas o Rei do universo nos ressuscitará para uma vida
eterna, a nós que morremos por suas leis", "Do céu recebi estes
membros... no céu espero recebê-los de novo..." e por último "Prefiro
ser morto pelos homens, tendo em vista a esperança dada por Deus, que um dia
nos ressuscitará. Para ti, porém, ó Rei, não haverá ressurreição para a
vida". Essas declarações nos enche de esperança da ressurreição e a própria
certeza da nova vida dos justos. (2Mac 7,1-2.9-14)
Agora tudo isso nos dá a certeza
da ressurreição que claramente está realizada em Cristo vivo e ressuscitado.
2 Tessalonicenses 2, 16 – 3, 5: Irmãos: Jesus Cristo, nosso Senhor, e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela sua graça, eterna consolação e feliz esperança, confortem os vossos corações e os tornem firmes em toda a espécie de boas obras e palavras. Entretanto, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague rapidamente e seja glorificada, como acontece no meio de vós. Orai também, para que sejamos livres dos homens perversos e maus, pois nem todos têm fé. Mas o Senhor é fiel: Ele vos dará firmeza e vos guardará do Maligno. Quanto a vós, confiamos inteiramente no Senhor que cumpris e cumprireis o que vos mandamos. O Senhor dirija os vossos corações, para que amem a Deus e aguardem a Cristo com perseverança.
No Evangelho, de Lucas nos mostra
Jesus que fala claramente da Ressurreição, afirmando que "Deus não é Deus
dos mortos, mas dos vivos". (Lc 20,27-38) Isso é para clarear o sentido
real da ressurreição. Jesus mostra que na ressurreição não vai prevalecer os
desejos da carne mas vai ser plena a vida e dá um sentido novo, pois a vida com
Deus é plena e não se necessita da perpetuação da carne e sim do Espirito com
um corpo glorioso.
A ressurreição é a razão da nossa fé, não somos meros corpos
mortais, mas a fé plena no Cristo ressuscita que nos ressuscita dos mortos. É a
vida nova sem a condição do pecado que degenera o ser humano. Caminhamos já com
a plena certeza que se renova a cada dia de nossa vida em Cristo na comunidade
de fé dos irmãos. Um dia vamos todos nos encontrar na comunidade dos ressuscitados
no céu em Deus para sempre.
A liturgia de hoje nos enche de
esperança no Deus da vida que quer que todos se salvem, sem privilégios para ninguém.
E que esta certeza nos fortaleça sempre como está escrito em Jo, 11,25 "Eu
sou a Ressurreição e a Vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto,
viverá".
Tudo por Jesus nada sem Maria!!!
Bacharel em Teologia Jose B.
Schumann Cunha
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