A Filosofia no momento atual da Pandemia

Linhas de conexão globais - Troca de dados, pandemia, vírus de computador : Foto de stock

       Nesse momento em que a humanidade toda está inserida na pandemia mundial do COVID-19, nós passamos a pensar em valores essenciais da vida e das coisas que vivemos fazemos no dia a dia. Todos os atos humanos como pensar, refletir, questionar, viver, sentir, etc nessa hora a filosofia tem um papel importante e predominante. 

      Sabe-se que a filosofia teve uma participação relevante no passado no tocante de querer saber origem das coisas como que elas aconteciam e atuam na existência das pessoas e de tudo que existe ao nosso redor, desde o pensar do mais mais íntimo de ser até os fenômenos naturais que aconteceram na terra. 

     Durante a história das civilizações, a filosofia sempre esteve presente, mas muitas vezes foi contestada e perseguida pelo poder dominante ou até daqueles que não queriam compreende-la com  realidade vivida pelas pessoas. Hoje a filosofia vem para entender o que é preciso fazer algo diante de milhões de mortes, doentes e a sua  interferência na vida econômica, social, política, humana e religiosa da sociedade atual. 

      Se não existir o homem, a filosofia desaparece porque o objeto dela é o próprio homem no universo de si e do mundo.

        No mundo atual utilitarista pensa de modo equivocado, colocando a filosofia em segundo plano o ainda quando quer que ela seja ignorada no aspecto de ajuda e colaboração para melhorar a realidade ou transformar através da análise e questionamento da situação vivida. A filosofia jamais ficará alheia a realidade e fatos do dia a dia da humanidade e do universo em que ela vive.

     A pandemia da covid-19 espalhou e todos, desde ricos e os pobres, foi atingida de modo surpreendente, tornando uma inimiga sem arma e sem nação para poder combate-la. Nessa hora todos os cientistas, políticos, os médicos enfermeiros ficaram atônitos, buscando saídas para evitar a contaminação, morte, e ainda buscando cuidados e a cura dos que ficaram acometidos por essa terrível pandemia.

      Quando procura uma forma de combatê-la surge inúmeros protocolos políticos, científicos, sociais e sanitários, visando que diminuam as mortes das pessoas, as sequelas das doenças e a interferência nas pessoas quanto a conscientização do isolamento, do tratamento e da solução para que haja uma nova normalidade na sociedade em que vivemos.

      Nesses meses, vimos a conscientização de muitos nos cuidados e ainda prevenindo-se com máscaras e precaução, diminuindo assim a onda de contágios. Mas também vimos a preocupação política e econômica que os governantes demonstraram diante da economia e da vida das pessoas de seus países. Ai veio o questionamento entre a economia e a vida. Qual deve ser priorizada em primeiro lugar? Houve países que perceberam que nada adianta que a economia se salve se a vida é disseminada pela doença.

        A atitude filosófica nesse momento crucial de nossa história vem ao encontro do que devemos mudar em nossa vida humana, social, urbana, religiosa e política. 

        Será que devemos mudar tudo ou reavaliar as nossas atitudes diante de nós mesmo, do próximo e do mundo da economia e do trabalho? Será que a resposta é fácil? Aqui entra a filosofia de avaliar a importância das coisas que envolve o homem social, o homem político, o homem religioso, o homem faber e o homem no nível cósmico e ecológico em que ele se encontra?

       Diante dessas inquietações, devemos encontrar as respostas mais imediatas que a filosofia nos dará para dar um sentido de nosso existir e da nossa própria preservação da vida. Não há lugar para frieza ou insensibilidade diante da COVID-19, mas buscar caminhos para combatê-la diretamente através de medicamentos, atendimentos em hospitais, da busca de vacinas para neutralizar a doença tanto na sua cura como na sua prevenção. 

      Quanto a economia, ela deve estar na visão do futuro e também com o olhar no retrovisor da atualidade, buscando alternativas para dar assistência imediata como socorro e também mostrando alternativas para que ela possa sobreviver com o folego da economia para dar as bases de novos rumos e crescimento.

Infelizmente, quando a filosofia é desprezada ou desvalorizada, as ideologias que oprimem e dominam a maioria reinam, deixando muita as margens da sociedade e da economia, privilegiando apenas poucos e ainda pior pode favorecer governos e empresários corruptos que não importam com a crise da pandemia e ainda querem tirar proveito para si próprios ou para grupos de classe dominante na sociedade.

        Não podemos ficar na posição anti-filosofia sem preocupar com o redor em que vivemos como que nada está acontecendo ou nada vai nos afetar. Esse foi o quadro em que vimos em muitas partes do mundo e também no Brasil. Alguns achando que a pandemia é algo alheio atinge alguns e a outros nada poderá acontecer nem na vida e nem na economia. É o engano que tem preço alto. Mesmo que a doença não nos atinja, mas ela tem consequência devasta na vida de outras pessoas, na economia e na política. 

       Alguns pensadores podem nos ajudar diante desse desafio como “Prefiro trabalhar na crise, minha capacidade criativa é melhor, acho divertido”, afirmou certa vez durante o CEO Summit, evento para empreendedores que aconteceu em São Paulo. E destaca assim “Tem uma frase que diz: ‘Animal de barriga cheia não caça’”, completou o empresário. 

         Portanto, quadro atual que se apresentou no início como algo que a humanidade seria inapta resolver, mas o homem é um ser que pensa e pode contribuir com saídas benéficas para que essa pandemia seja diminuída e controlada por vacinas. Aqui entra a ciência que não se deixa ser vencida e a filosofia se faz presente como alicerce de dar sentido e razão na defesa da vida e da sua preservação. Assim, na crise que o homem pensa para resolver, buscando soluções que trazem êxito para a ciência na busca da cura de qualquer doença ou pandemia.

          Portanto, a ciência e a filosofia contribuem muito na solução que estão sendo apresentadas pelas descobertas de vacinas que podem deixar as pessoas imunes a essa doença terrível provocada pelo covid-19. 

            Esperamos que a ética seja atuada na vacinação, não só visando quem tem recursos, mas que busquem atender os mais necessitados e sofredores de nosso sistema político e econômico tanto na sociedade socialista como na capitalista. 

          Acreditamos que a humanidade e o mundo em que vivemos possam saírem melhores e que tirem uma lição da importância da vida e que a economia seja espelhada no valor da vida e sociedade em seu todo.

              (Jose B. Schumann Cunha – Bacharel em Teologia e Professor de Filosofia)

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.