Uma Voz ressoa no deserto e hoje no mundo

 


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 2º Domingo do Advento, e esse domingo nos faz o apelo para a conversão para vinda do Senhor Jesus. Hoje mais do que nunca precisamos nos converter a Deus para que esse mundo seja melhor e que todos possam viver em paz, em justiça, em misericórdia, em perdão e em partilha. As mesas estão vazias tanto do pão material como a do espiritual.


A liturgia bíblica nos vai indicar o caminho para a preparação da chegada do Senhor. Há muito caminhos a serem arrumados e mudados para que as vidas de todos sejam respeitadas, principalmente dos mais pobres e desfavorecidos de nossa sociedade capitalista. Essa pandemia tem nos ensinado muito e é preciso que os governantes olham com carinho para com países pobres e desfavorecidos no tocante a prevenção, cuidados e distribuição equitativamente das vacinas a todos sem excluir ninguém.

O profeta Isaias consola os exilados da Babilônia dando-lhes esperança do perdão de Deus que vai dar e ainda que Deus ia indicar um novo caminho de salvação. A esses que vão retornar a terra deles. Deus é que vai proporcionar um novo êxodo em percurso espiritual, vivendo de novo a experiência com Deus no amor e conhecendo a sua bondade para com todos.


Desse modo é possível reatar a comunhão com Deus na Aliança que Deus fez e nunca volta atrás apesar de nossa infidelidade. O sinal disso é que virá um mensageiro que levará a boa notícia a todos, principalmente Jerusalém e a todos de Judá. Deus é que promove a verdadeira libertação. (cf. Is 40,1-5.9-11)

A segunda carta de Pedro nos fala de um novo céu e de uma nova terra. É a parusia tão esperada por todos que creem em Cristo. É uma espera que deve ser constante para todos que aderem a Deus no projeto de amor e de salvação para todos, mas não pode ser intimista e nem paralisante e sim dinâmica, agindo na justiça, no amor, na solidariedade, na partilha, na misericórdia e compaixão com todos, principalmente agora com essa pandemia.


 Não podemos fechar os nossos olhos e nem ficar de braços cruzados na espera do Senhor que vem.  Se fizer o bem já acontecer então nós já vamos experimentar a nova terra e o novo céu que Pedro falou na sua carta. (2Pd 3,8-14)


O evangelista nos fala de um mensageiro que é João Batista. Ele veio para apontar o caminho para a vinda do Senhor a nós e como devemos preparar para acolher o Messias, o salvador e libertador de nossa vida que está presa no pecado e longe do Deus verdadeiro.


Esse caminho é de conversão a Deus, mudar de vida transformando o coração para voltar a Deus. O deserto aonde João estava é o lugar ideal de estar com Deus e fazer um bom arrependimento que nos levar aproximar de Deus sem nenhum obstáculo ou reserva, pois Deus é amor e fiel sempre.

A nossa mudança está diretamente ligada aos sacramentos do Batismo e da Penitência, e esse último, devemos sempre procurar para que nada atrapalhe de estar no caminho correto até Deus, caminhando junto com todos para o céu.


Nesse tempo a oração, o jejum, e a penitência nos ajudam a sermos pessoas renovadas, criando assim em nossa vida vestimenta da humildade, do amor e enfim de tudo que ajuda a dar esse testemunho de mudança de vida para que todos que venham participar desse caminho que foi anunciado por João e hoje pela Igreja e por todos mensageiros da boa nova da salvação. (cf. Mc 1,1-8)


Que esta liturgia nos ajude a preparar bem para vinda de Jesus e ainda arrumar o nosso coração para a chegada do novo natal de Jesus em nossa vida. Que os enfeites e as nossas mesas estejam fartas para podermos também partilhar, principalmente com os mais necessitados.


Que a pandemia não endureça os nossos corações para o bem. Devemos ficar em constante sintonia com Deus na vida de comunidade, de família e no mundo para que surja entre nós a luz de Belém anunciando o salvador da humildade.


Tudo por Jesus nada sem Maria.


Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

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