Deus nos pede que nos "Levanta e come" para a missão



 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 19º Domingo do Tempo Comum. A liturgia nos chama para sair do comodismo e intimismo para evangelizar e quem vai nos sustentar e ter forças é o próprio Deus. Deus oferece vida plena no pão da vida que é definitivo para todos nós. Por que ficar buscando pães que resolve momentaneamente a fome e ainda deixa como presa de ideologias políticas, sociais, econômicas e religiosos?


No Primeiro Livro dos Reis temos Elias que recebe no deserto um pão que vem do céu para ele. Isto para recompor as forças dela diante do medo que ele estava tendo do Rei e da rainha que foi por ele acusados das ruínas de Israel. Elias desafiou os profetas do deus Baal. Este deus que dava sustentação à religião pagã da rainha Jezabel. Elias foge para o deserto, lugar onde Deus sempre está presente no êxodo feito.

 

Deus não abandona o seu povo e sempre vem em socorro dele. Elias alimenta o pão do céu, restabelece as forças e a fé. Caminha 40 dias e 40 noites até ao monte Horebe, monte de Deus. Deus está presente sempre. Este pão que Elias prefigura o pão eucarístico, que é a presença de Cristo real na eucaristia. (cf. 1 Rs 19,4-8)

 

Na carta de São Paulo aos Efésios nos mostra como é a aceitação desse pão do céu, pois para que isso seja válido é praticar a verdadeira caridade com os irmãos. Ser uma Igreja viva comprometida com os mais fracos e necessitado, não com discursos eloquentes, mas ser próximo e ser solidário, partilhando bens com todos que precisam. (cf. Ef 4, 30-5,2)

 

O salmista nos lembra que devemos provar que Deus é sempre bom para com todos e nunca deixa ninguém na mão. (cf. Sl 34)

 

O evangelista São João nos mostra Jesus se apresentando com o pão que desceu do céu para dar a vida ao mundo. Diante da murmuração do povo no deserto onde Jesus estava, mas Ele reafirma que Ele é o pão do céu e quem come ele tem vida eterna. O que significa comer a carne de Jesus na eucaristia a resposta é simples porque assimilar Jesus na sua vida para fazer o que Jesus fez no mundo.

 

Ser solidário, ser compassivo, ser bom, ser misericordioso, ser balsamo regenerador, viver a partilha com os mais necessitados. E ainda ser voz dos que são esquecidos e marginalizados pelos sistemas dominantes como religião, política, social e econômico da sociedade moderna. Não podemos jamais ser insensíveis diante dos gritos de socorro de milhares de pessoas que perderam parentes nesta pandemia, de empregos devido a política individualista sanitárias de governos e diminuição de pensão a aposentadorias após a reforma previdenciária. (cf. Jo 6,41-51)


Neste domingo celebramos o dia dos pais, uma grande responsabilidade para esse tempo difícil que estamos vivendo. Crianças sem escola, saúde precária, sistema de saúde ruim e ainda políticas sanitárias equivocadas que levaram milhares a morrer e a ficarem doentes.

 

Que esta liturgia nos ajude a despertar o compromisso com o povo sofrido, sendo uma mão que ajuda e favorece aos humildes e pobres.


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

Tudo por Jesus nada sem Maria.

Eis-me aqui senhor! Envia-me!

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