Pode-se argumentar com este versículo: se Jesus é o filho primogênito de Maria, é porque é o primeiro filho, e se existe o primeiro é porque existe o segundo, o terceiro... Este primogênito, que significa primeiro, não significa necessariamente que seja o primeiro de outros, mas apenas quer mostrar o valor que tinha naquela cultura o primeiro filho, mesmo que seja o único. No costume judaico, o primogênito tinha muitas vantagens e era isso que o autor queria lembrar: “Consagra-me todo o primogênito, todo o que abre o útero materno” (Ex 13,2).



Por exemplo, muita gente na Igreja Católica faz a Primeira Comunhão, o que não quer dizer que depois voltará a comungar. Do mesmo aconteceu quando viajei a Belo Horizonte, eu disse: “É a primeira vez que venho aqui”, apesar de ter sido a primeira vez, até hoje não teve a segunda e pode não ter nunca. Portanto, esse primogênito não prova nem de longe que Maria teve outros filhos. Um exemplo: sabemos que Jesus é o Filho único do Pai e, no entanto, em Hebreus 1,6, lemos que Jesus é o “Primogênito”. Jesus é o Primogênito do Pai, mas nem por isso deixa de ser também o “Filho Único” (Jo 3,16). Este então, é mais um texto que nada prova contra a Verdade Católica.

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