“Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores”. (Mt 7,15)

“Esses tais são falsos apóstolos, operários desonestos, que se disfarçam em apóstolos de Cristo,” (2Cor 11,13)

“o que não é de espantar. Pois, se o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz,” (2Cor 11,14)


A heresia sempre tenta enganar o fiel. Como disse São Irineu, quando as heresias começaram a atacar sua cidade:

Por meio de palavras especiais e plausíveis, sua perspicácia fascina o mais simples para o conhecimento de seu sistema; mas eles destroem desajeitadamente os outros, enquanto os inicia em suas opiniões blasfemas….

Na verdade, o erro nunca é colocado nu com todas suas deformidades, exposto, para ser descoberto imediatamente. Mas ele é enfeitado astuciosamente com uma veste atraente, para que com sua forma externa, ele possa parecer ao ingênuo (por mais ridícula que esta expressão possa parecer) como mais verdadeiro que a própria verdade. [18]. ( A Cleveland Coxe, trans., Ante-Nicene Fathers, vol. i, The Apostolic Fathers with Justin Martyr and Irenaeus (Grand Rapids: Eerdmans Publishing Company, 1989), p 315.)

São Vicente de Lerins:

Aqui, talvez, alguém pode perguntar: Como o cânon da Bíblia está completo e mais do que suficiente, por que é necessário acrescentar a autoridade da interpretação eclesiástica? De fato, (devemos responder) que a Bíblia Sagrada, devido a sua profundidade, não é aceita universalmente aceita por todos da mesma maneira. O mesmo texto é interpretado de maneira diferente por pessoas diferentes, de uma maneira que a pessoa poderá encontrar diversos significados quando houver muitos homens… Esta é a causa da distorção causada pelos vários erros, então, é realmente necessário que a interpretação dos escritos apostólicos e proféticos seja feita conforme a regra do significado eclesiástico e católico.

Na própria Igreja Católica, todo cuidado deve ser tomado para que a mesma crença exista em todos os lugares, sempre, para todos. Isto é o verdadeiro e correto “católico,” indicado pela própria etimologia da palavra que inclui algo verdadeiramente universal. Esta regra geral é aplicada se seguirmos os princípios da universalidade, antiguidade e consentimento. Fazemos assim em relação à universalidade, pois a fé que confessamos deve ser a mesma fé que a Igreja inteira confessa no mundo inteiro. (Fazemos assim) em relação à antiguidade, pois, não devemos divergir de nenhuma maneira das interpretações que nossos antepassados e pais declararam como invioláveis. (Fazemos assim) em relação ao consentimento, pois, devido à antiguidade, nós adotamos as definições e proposições de todos, ou quase todos, os Bispos. (São Vicente de Lerins, The Fathers of the Church vol.7, (Washington D.C.: Catholic University of America Press, 1949), pp. 269-271).

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