Allan Kardec, Obras Póstumas, 1ª parte, capítulo da “Teoria do Belo”.

“O negro pode ser belo para o negro, como um gato para os gatos; mas não o é no sentido absoluto, porque os seus traços grosseiros, os lábios grossos, acusam materialidade dos seus instintos; podem perfeitamente exprimir paixões violentas, mas nunca variedades do sentimento e as modulações de um Espírito elevado.”

Em seu livro, “a gênese”, cap. XI, item 32 diz:

“O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso. Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados.”

“Esses Espíritos dos selvagens, entretanto pertencem à humanidade; atingirão um dia o nível de seus irmãos mais velhos, mas certamente isso não se dará no corpo da mesma raça física, impróprio a certo desenvolvimento intelectual e moral. Quando o instrumento não estiver mais em relação ao desenvolvimento, emigrarão de tal ambiente para se encarnar num grau superior, e assim por diante, até que hajam conquistado todos os graus terrestres, depois do que deixarão a Terra para passar a mundos mais e mais adiantados (Revue Spirite, abril de 1863, pág. 97: Perfectibilidade da raça negra)”

Aqui fica patente uma ignorância antropológica e histórica. Tribos aborígenes nada têm de animalesco, possuindo até cultura bem avançada, ainda que tecnologias primitivas. Os chineses já possuíam esplêndida civilização enquanto a maioria dos europeus ainda vivia na idade do bronze.

Livro dos Espíritos, cap. V
“6º -Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomarmos uma criança hotentote recém nascida e a educarmos nas melhores escolas, fareis dela, um dia, um Laplace ou um Newton?(…)”.

“(…)Em relação à sexta interrogação acima, dirão naturalmente que o Hotentote é de uma raça inferior; então, perguntaremos se o Hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, porque procurar fazê-lo cristão? A doutrina espírita tem mais amplitude do que tudo isto. Segunda ela, não há muitas espécies de homens, há tão somente cujos espíritos estão mais ou menos atrasados, porém, todos suscetíveis de progredir. Não é este princípio mais conforme à justiça de Deus?”

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