“A Igreja é a coluna e o sustentáculo da verdade” (1Tm 3,15).

“Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,18-20)

“Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos. Voltarei a vós” (Jo 14, 15-17)

“Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14, 25-26).

“Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade..” (Jo 16,12-13).

§889- Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação na sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade. Pelo “sentido sobrenatural da fé”, o Povo de Deus “se atém indefectivelmente à fé”, sob guia do Magistério vivo da Igreja (LG 12; DV 10).

§891- “Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do Colégio dos Bispos, por força do seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis, e encarregado de confirmar seus irmãos na fé proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé e aos costumes... A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro”, sobretudo em um Concílio Ecumênico (LG 25; Conc. Vat. I, DS 3074).

Condições necessárias para que uma definição do Papa tenha caráter de dogma, sentença infalível:

1. É necessário que ele fale “ex-cathedra”, isto é, de maneira decisiva, como Pastor e Mestre dos cristãos, e não apenas de modo particular. Ele não é obrigado a consultar algum Concílio e ninguém, embora possa fazê-lo, e quase sempre o faz.

2. A matéria a ser definida se refira apenas à fé e à moral; isto é, se relacione com a crença e o comportamento dos cristãos.

3. Que o Sumo Pontífice queira proferir uma sentença definitória e definitiva, irrevogável, imutável, sobre o assunto em questão.

Somente a sentença final é objeto da infalibilidade, e não os argumentos e as conclusões derivadas da sentença proclamada. E não há uma fórmula única de redação para a definição dogmática. Os termos normalmente usados pelos Papas são:"pronunciamos", "definimos", "decretamos", "declaramos", etc.

§2035 - O grau supremo da participação na autoridade de Cristo é assegurada pelo carisma da infalibilidade. Esta tem a mesma extensão que o depósito da revelação divina (LG 25), estende-se ainda a todos os elementos de doutrina, incluindo a moral, sem os quais as verdades salutares da fé não podem ser preservadas, expostas ou observadas (CDF, decl. Mysterium Ecclesiae,3).

Proclamações dogmáticas dos Papas

Fonte: D. Estevão Bettencourt, na revista “Pergunte e Responderemos” (nº 381, pp. 67 a 72, 1994).

1 - Em 449, a carta do Papa São Leão Magno a Flaviano, bispo de Constantinopla: “em Cristo há uma só Pessoa (a Divina) e duas naturezas” (divina e humana). Esta carta foi enviada pelo Papa ao Concílio Ecumênico de Calcedônia, no ano 451 e os Padres conciliares a consideraram como um documento definitivo e obrigatório para todos os fiéis. O Papa reprimia assim a heresia chamada monofisitismo ou monofisismo.

2 - Em 680, a carta do Papa S. Agatão “aos imperadores” afirmava, em termos definitivos, haver em Cristo duas vontades distintas, a Divina e a humana, sendo porém que a vontade humana ficava em tudo moralmente submissa à vontade divina. Assim o Papa reprimia a heresia do monotelitismo, que afirmava haver em Cristo apenas uma vontade, a divina. O documento foi enviado pelo Papa à assembléia do Concílio de Constantinopla III (680/681), a qual a aceitou com aplausos.

3 - Em 1302, o Papa Bonifácio VIII, através da Bula “Unam Sanctam”, “declara, afirma, define e pronuncia que toda criatura humana está sujeita ao Romano Pontífice”. Esta sentença deve ser entendida no quadro histórico da época, e quer dizer que o Papa tem jurisdição sobre toda e qualquer criatura humana “ratione peccati”, isto é, na medida em que as atividades de determinada pessoa dizem respeito à vida eterna, e não nas atividades administrativas dos governos civis.

4 - Em 1336, através da Constituição “Benedictus Deus”, o Papa Bento XII definiu que, logo após a morte corporal, as almas totalmente puras são admitidas à contemplação da essência de Deus face à face.

5 - Em 1520, através da Bula “Exsurge Domine”, o Papa Leão X condenou 41 proposições de Lutero como heréticas.

6 - Em 1653, através da Constituição Apostólica “Cum Occasione” o Papa Inocêncio X reprovava as cinco proposições extraídas da obra “Augustinus” de Cornélio Jansenius, definindo-as como heréticas.

O jansenismo (de Cornelius Jansenius), influenciado pelas idéias de Lutero sobre o pecado original, ensinava um conceito pessimista sobre a natureza, julgando-a escravizada à concupiscência e ao pecado; em conseqüência, admitiam que o homem só pode praticar o bem em virtude de irresistível influxo da graça de Deus. O pessimismo Jansenista ainda era acentuado pela tese de que Cristo não remiu todos os homens, mas apenas os predestinados. Essas heresias foram condenadas por Inocêncio X.

7 - Em 1687, através da Constituição “Caelestis Pastor”, o Papa Inocêncio XI condenou como heréticas 68 proposições de Miguel de Molinos (†1696), sobre o Quietismo, que era uma tendência mística que coincidia a perfeição espiritual com tranqüilidade e passividade da alma, de modo que o cristão não desejava mais a sua bem aventurança eterna, nem a aquisição da virtude; qualquer tendência nele estaria extinta. A alma colocada neste estado de aniquilamento não pecaria mais, e não seriam mais necessárias as orações vocais, as práticas de piedade e a luta contra as tentações.

8 - Em 1699, através da Constituição “Cumm alias”, o Papa Inocêncio XII condenou 23 proposições de François de Salignac Fènelon, da obra “Explications des máximes des Saints sur la vie intérieure”, que pretendiam renovar o Quietismo, apresentando-o como modalidade de puríssimo amor a Deus.

9 - Em 1713, através da Constituição “Unigenitus”, o Papa Clemente XI condenou 101 afirmações do livro “Reflexions Moralis” de Pascássio Quesnel (†1719). Era de novo o Jansenismo, com suas concepções pessimistas. É relevante lembrar aqui que foi na crise jansenista que se deram as aparições do Sagrado Coração de Jesus (1673-1675) à Santa Margarida Maria Alocoque, que sobretudo lembrava ao mundo a misericórdia de Deus e o Amor de Cristo que se fez homem, em oposição às teses do jansenismo pessimista.

10 - Em 1794, através da Constituição “Auctorem Fidei”, o Papa Pio VI condenava 85 teses heréticas promulgadas em 1786 pelo Sínodo de Pistoria (Toscana), que eram a expressão radical do nacionalismo e do despotismo de Estado que haviam começado a crescer nos tempos de Felipe IV, o Belo, da França. Essa mentalidade levava os soberanos católicos a pretender criar Igrejas regionais, independentes do Papa, subordinando a Igreja ao Estado. Entre outras coisas pretendia a abolição da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, das procissões, das imagens, das indulgências, das espórtulas da Missa e outros serviços religiosos, redução das Ordens e Congregações Religiosas a um tipo só, jansenista.

11 - Em 1854, pela bula “Inefabilis Deus”, o Papa Pio XI definiu o dogma da Imaculada Conceição de Maria.

12 - Em 1950, pela Constituição “Munificientíssimus Deus”, o Papa Pio XII definiu o dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, de corpo e alma.

Concílio Vaticano II:

“Religiosa submissão da vontade e da inteligência devem de modo particular, ser prestada ao autêntico Magistério do Romano Pontífice, mesmo quando não fala “ex-cathedra”. E isto de tal modo que seu magistério supremo seja reverentemente reconhecido, suas sentenças sinceramente acolhidas, sempre de acordo com a sua mente e vontade” (LG, 25).

São Tomás de Aquino afirma que:
“Ao canonizar os santos, o Sumo Pontífice é de modo particular guiado pela inspiração do Espírito Santo”.

- Magistério Ordinário: que é o ensinamento dos Bispos do mundo inteiro concordes entre si sobre os artigos da fé e de moral, em perfeita comunhão com o Papa.

- Magistério Extraordinário: que é exercido em casos especiais, e que tem duas expressões: as definições dos Concílios Ecumênicos (universais), e as definições o Sumo Pontífice quando fala "ex-cathedra". É empregado normalmente quando há dúvidas, contestações, sobre algum artigo da fé.

A IGREJA CATÓLICA É INDESTRUTÍVEL

“ Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a MINHA Igreja; Eu te darei as chaves do Reino dos céus; tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu... e as potências do inferno jamais prevalecerão contra ela” (Mt 16, 16s)

Prudêncio (348-410), escritor cristão e conselheiro do imperador Teodósio:
“ Este é o significado das vitórias e dos triunfos do Império. A paz romana preparou o caminho para a vinda de Cristo.”

Tertuliano, leigo, escritor cristão de Cartago (†220) disse que:
“Nunca houve entre os cristãos um revoltado, um conspirador, um assassino”. “Nós nos multiplicamos quando nos ceifam”. “Sanguis martyrum est semen christianorum”.

As provas históricas

É a única Instituição que já tem 2000 anos.

É a única Instituição que já teve 266 Chefes

Não foi destruída pelo Império Romano.

Não foi destruída pelos bárbaros.

Certa vez Stalin, ditador e comunista soviético, após a Segunda Guerra, para desafiar a Igreja, perguntou “quantas legiões de soldados tinha o Papa”; é pena que ele não tivesse sobrevivido até hoje para ver o que aconteceu com o comunismo...

Não foi destruída pelas heresias: Gnosticismo, Adocionismo, Montanismo, Marcionismo, Donatismo, Novacianismo, Priscilianismo, Arianismo, Macedonismo, Pelagianismo, Nestorianismo, Apolinarismo, Monofisismo, Monoteletismo... Jansenismo, Quietismo, etc.

Não foi destruída pelos pecados dos seus filhos: leigos e clero: investidura leiga, nicolaismo, simonia, etc.

Não foi vencida pelo nazismo, pelo comunismo, pelo islamismo.

Não foi vencida pelos racionalistas e iluministas.

A Igreja é divina porque sua cabeça é Jesus Cristo. Jamais será vencida.

Santo Agostinho (354-430), assim explicou esta verdade:
“Alegremo-nos, portanto, e demos graças por nos termos tornado não somente cristãos, mas o próprio Cristo. Compreendeis irmãos, a graça que Deus nos concedeu ao dar-nos Cristo como Cabeça? Admirai e rejubilai, nós nos tornamos Cristo, com efeito, uma vez que Ele é a Cabeça, e nós somos os membros, o homem inteiro é constituído por Ele e por nós. A plenitude de Cristo é, portanto, a Cabeça e os membros; que significa isto: a cabeça e os membros? Cristo e a Igreja ( Comentários ao Evang. de João 21,8).

No Decreto sobre o Ecumenismo, o Concílio Vaticano II disse:
“Pois somente por meio da Igreja católica de Cristo, a qual é meio de salvação, pode ser atingida toda a plenitude dos meios da salvação. Cremos que o Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança somente ao Colégio dos Apóstolos, do qual Pedro é o chefe, a fim de constituir na terra um só Corpo de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de alguma forma, já pertencem ao Povo de Deus. (Unitatis Redintegratio, 3)

Quem pergunta: “Por que a Igreja?”, incorre no mesmo erro de quem pergunta: “Por que Cristo?” Cristo veio do Pai e deixou a Igreja. O Pai enviou Jesus para a salvação do mundo, e Cristo enviou a Igreja.

“Assim como o Pai me enviou eu vos envio a vós...” (João 20,21)

Teilhard de Chardin: “Sem a Igreja o Cristo se esfacela”.

TESTEMUNHOS DA TRADIÇÃO

Lactâncio (Luccius Caccilius Firmianus, 260-325), apologista cristão, dizia no século III: “Somente a Igreja sustenta tudo”.

São Vicente de Lerins (†450):
“A Igreja de Cristo, cuidadosa e cauta guardiã dos dogmas que lhe foram confiados, jamais os altera; em nada os diminui, em nada lhes adiciona; não a priva do que é necessário, nem lhe acrescenta o que é supérfluo; não perde o que é seu, nem se apropria do que pertence aos outros, mas com todo o zelo, recorrendo com fidelidade e sabedoria aos antigos dogmas, tem como único desejo aperfeiçoar e purificar aqueles que antigamente receberam uma primeira forma e esboço, consolidar e reforçar aqueles que já foram evidenciados e desenvolvidos, salvaguardar aqueles que já foram confirmados e definidos” (Commonitorium, XXIII).

“Perguntando eu com toda atenção e diligência a numerosos varões, eminentes em santidade e doutrina, que norma poderia achar, segura, enquanto possível genérica e regular, para distinguir a verdade da fé católica da falsidade da heresia, eis a resposta constante de todos eles: quem quiser descobrir as fraudes dos hereges nascentes, evitar seus laços e permanecer sadio e íntegro na sadia fé, há de resguardá-la, sob o auxílio divino, duplamente: primeiro com a autoridade da Lei divina, e segundo, com a tradição da Igreja Católica” (Commonitorium).

Santo Epifânio (†403), batalhador contra as heresias:
“A Igreja é a finalidade de todas as coisas”. (Haer. 1,1,5) “Há um caminho real, que é a Igreja católica, e uma só senda da verdade. Toda heresia, pelo contrário, tendo deixado uma vez o caminho real, desviando-se para a direita ou para a esquerda, e abandonada a si mesma por algum tempo, cada vez mais se afunda em erros.

Eia, pois, servos de Deus e filhos da Igreja santa de Deus, que conheceis a regra segura da fé, não deixeis que vozes estranhas vos apartem dela nem que vos confundam as pretensões das erroneamente chamadas ciências” (Haer.59,c. 12s).

São Leão Magno (400-461), Papa e doutor da Igreja:
“Quem se aparta da confissão da verdade, muda de caminho e o percurso inteiro se torna afastamento. Tanto mais próximo da morte estará quanto mais distante da luz católica.”

São Máximo Confessor (580-662):
“Com efeito, desde a descida até nós do Verbo encarnado, todas as Igrejas cristãs de toda parte consideram e continuam considerando a grande Igreja que está aqui em Roma como única base e fundamento, visto que, segundo as próprias promessas do Salvador, as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela.” (Opus., PG 91, 137-140).

São Bernardo (1090-1153), doutor da Igreja, mostra todo o seu amor à Igreja nessas palavras memoráveis: “Permaneceremos na fé e combateremos até à morte, se for necessário, pela Igreja, nossa Mãe, com as armas que nos são permitidas: não com escudos e espadas, mas com as orações e as lágrimas a Deus” (Epist. 221, 3; Migne, P.L.; CLXXXII, 36,387).

São Tomás de Aquino (1225-1274), doutor da Igreja:
“O bem de Cristo é comunicado a todos os membros, e essa comunicação se faz através dos sacramentos da Igreja”.

Santa Tereza de Ávila (1515-1582), doutora, na época de Lutero, dizia:
“Procurai a limpeza de consciência e humildade, desprezo de todas as coisas do mundo e fé inabalável no que ensina a santa Madre Igreja” (Caminho de Perfeição, Ed. Paulinas, 2. ed., pag 129,1979, SP ).

Aristides de Atenas (†130), apolista cristão, em defesa deles, escreveu assim ao imperador romano Adriano (Apologia) :
“Os cristãos ó rei, vagando e buscando, acharam a verdade conforme pudemos achar em seus livros, estão mais próximos que os outros povos da verdade e do conhecimento certo, pois crêem no Deus criador do céu e da terra, naquele em quem tudo é e de quem tudo procede, que não tem outro Deus por companheiro e do qual eles mesmos receberam os preceitos que guardam no coração, com a esperança e expectativa do século futuro.

Por isso, não cometem adultério, não praticam a fornicação, não levantam falso testemunho, não recusam devolver um depósito, não se apropriam do que não lhes pertence. Honram pai e mãe, fazem bem ao próximo e, quando em juízo, julgam com equidade. Não adoram os ídolos - semelhantes aos homens. O que não desejam que lhes façam os outros não o fazem também; não comem alimentos de sacrifícios idolátricos, pois são puros. Exortam os que os afligem, a fim de fazê-los amigos.

Suas mulheres, ó rei, são puras como virgens, suas filhas são modestas. Seus homens se abstém de toda união ilegítima e da impureza, esperando a retribuição que terão no outro mundo. Aos escravos e escravas, bem como a seus filhos – se os têm – persuadem a tornar-se cristãos, em razão do amor que lhes dedicam, e quando se tornam, chamam-nos indistintamente irmãos. Não adoram a deuses estranhos e vivem com humildade e mansidão, sem qualquer mentira entre eles.

Amam-se uns aos outros, não desprezam as viúvas. Protegem o órfão dos que os tratam com violência. Possuindo bens, dão sem inveja aos que nada possuem. Avistando o forasteiro, introduzem-no na própria casa e se alegram por ele, como se fora verdadeiro irmão: pois se dão o apelativo de irmãos, não segundo o corpo, mas segundo o espírito e em Deus. Se algum pobre passa deste mundo, alguém sabendo, encarrega-se – na medida de suas forças – de dar-lhe sepultura. Se conhecem um encarcerado ou oprimido por causa do nome do seu Cristo, ficam solícitos a seu respeito e se possível libertam-no. Quando um pobre ou necessitado surge entre eles e não possuem abundância de recursos para ajudá-lo, jejuam dois ou três dias para obter o necessário para o seu sustento.

Guardam com diligência os preceitos de Cristo, vivem reta e modestamente – conforme lhes ordenou o Senhor Deus. Todas as manhãs e horas louvam e glorificam a Deus pelos benefícios recebidos, dando graças por seu alimento e bebida. Mesmo se acontece que um justo – entre eles – passa deste mundo, alegram-se e dão graças a Deus, ao acompanharem o cadáver, como se emigrasse de um lugar para outro. E assim como quando nasce um filho louvam a Deus, também se ele morre na infância glorificam a Deus, por quem atravessou o mundo sem pecados. Mas vendo alguém morrer na malícia e nos pecados, choram amargamente e gemem por ele, supondo-o ir ao castigo. Tal é, ó rei, a constituição da lei dos cristãos e tal a sua conduta”.

Da Carta a Diogneto - Esta Carta é um dos mais antigos documentos que conta a vida dos primeiros cristãos; é de um autor desconhecido, que escreveu a um tal Diogneto; é do século II.

“Dai a cada um o que lhe é devido: o imposto a quem é devido; a taxa a quem é devida; a reverência a quem é devida; a honra a quem é devida [Rom 13,7].

Os cristãos residem em sua própria pátria, mas como residentes estrangeiros. Cumprem todos os seus deveres de cidadãos e suportam todas as suas obrigações, mas de tudo desprendidos, como estrangeiros... Obedecem as leis estabelecidas, e sua maneira de viver vai muito além das leis... Tão nobre é o posto que lhes foi por Deus outorgado, que não lhes é permitido desertar” (5,5; 5,10;6,10).

Os cristãos não diferem dos demais homens pela terra, pela língua, ou pelos costumes. Não habitam cidades próprias, não se distinguem por idiomas estranhos, não levam vida extraordinária. Além disso, sua doutrina não encontraram em pensamento ou cogitação de homens desorientados. Também não patrocinam, como fazem alguns, dogmas humanos...

Qualquer terra estranha é pátria para eles; qualquer pátria, terra estranha. Tem a mesa em comum, não o leito. Vivendo na carne, não vivem segundo a carne. Na terra vivem, participando da cidadania do céu. Obedecem às leis, mas as ultrapassam em sua vida. Amam a todos, sendo por todos perseguidos... E quando entregues à morte, recebem a vida. Na pobreza, enriquecem a muitos; desprovido de tudo, sobram-lhes os bens. São desprezados, mas no meio das desonras, sentem-se glorificados. Difamados, mas justo; ultrajados, mas benditos, injuriados prestam honra.

Fazendo o bem são punidos como malfeitores; castigados, rejubilam-se como revificados. Os judeus hostilizam-nos como alienígenas; os gregos os perseguem, mas nenhum de seus inimigos pode dizer a causa de seu ódio. Para resumir, numa palavra, o que é a alma no corpo, são os cristãos no mundo: como por todos os membros do corpo está difundida a alma, assim os cristãos, por todas as cidades do universo...”

Igreja Católica – a Instituição de maior credibilidade

De junho a julho de 2001, o Consórcio Interamericano de Empresas de Investigação de Mercado e Assessoramento realizou, em 14 países da América Latina e em Portugal e na Espanha, um levantamento a respeito da confiança em diferentes instituições reveladas pelas respectivas populações. No Brasil a pesquisa foi conduzida pela E. Paesani . A Gallup Argentina divulgou, em novembro, relatório com os resultados encontrados (http://www.gallup.com.ar/pub.htm).

Eis o resultado dessa pesquisa nesses 16 países (Instituição e Grau de confiança):
Igreja Católica – 71%
Educação – 67%
Noticiários de TV – 65%
Empresas privadas, Forças Armadas, Bancos - 51% a 56%
Polícia – 37%
Sindicatos – 34%
Justiça – 29%
Congresso – 23%
Partidos políticos – 15%
O resultado da pesquisa no Brasil apresentou o seguinte resultado:

Igreja Católica – 58%
Noticiários de TV – 54%
Forças Armadas – 53%
Imprensa – 43%
Bancos – 39%
Educação – 35%
Empresas privadas – 32%
Sindicatos – 31%
Justiça – 21%
Polícia – 19%
Partidos políticos – 10%
Congresso – 8%

Fonte: Folha de São Paulo – 04/012001 – Tendências / Debate -

Padres da Igreja- Patristica

S. Clemente de Roma (†102), Papa (88-97)
Santo Inácio de Antioquia (†110)
Aristides de Atenas (†130)
São Policarpo de Esmira (†156)
Pastor de Hermas (†160)
Aristides de Atenas (†160)
S. Hipólito de Roma (160-235)
São Justino (†165)
Militão de Sardes (†177)
Atenágoras (†180)
S. Teófilo de Antioquia (†181)
Orígenes de Alexandria (184-254)
Santo Ireneu (†202)
Tertuliano de Cartago (†220)
S. Clemente de Alexandria (†215)
Metódio de Olimpo (Sec.III)
S. Cipriano de Cartago (210-258)
Novaciano (†257)
S. Atanásio - (295 -373), Alexandria .
S. Efrém - (306 - 373), diácono, Mesopotânia
S. Hilário de Poitiers - (310 - 367) - bispo
S. Cirilo de Jerusalém - (315 - 386) - bispo
S. Basílio Magno (330 - 369) - bispo, Cesaréia.
S. Gregório Nazianzeno - (330 - 379), bispo
S. Ambrósio - (340 - 397), bispo, Treves - Itália.
Eusébio de Cesaréia (340)
S. Gregório de Nissa (340)
Prudêncio (384-405)
S. Jerônimo ( 348 - 420), presbítero Strido, Itália.
S. João Cassiano (360-407)
S. João Crisóstomo - (349 - 407), bispo
S. Agostinho - (354 - 430), bispo
Santo Efrém (†373)
Santo Epifânio (†403)
S. Cirilo de Alexandria - (370 - 442), bispo
S. Pedro Crisólogo - (380 - 451), bispo, Itália.
S. Leão Magno-(400 - 461), papa Toscana, Itália.
S. Paulino de Nola (†431)
Sedúlio (sec V)
S. Vicente de Lerins (†450)
S. Pedro Crisólogo (†450)
S. Bento de Núrcia (480-547)
S.Venâncio Fortunato (530-600)
S. Ildefonso de Toledo (617-667)
S. Máximo Confessor (580-662)
S. Gregório Magno (540-604), Papa
S. Ildefonso de Sevilha (†636)
S. João Damasceno (675-749), bispo, Damasco

Doutores da Igreja

01. S. Atanásio - (295 -373), Alexandria .
02. S. Efrém - (306 - 373), diácono, Mesopotânia
03. S. Hilário de Poitiers - (310 - 367) - bispo
04. S. Cirilo de Jerusalém - (315 - 386) - bispo
05. S. Basílio Magno (330 - 369) - bispo , Cesaréia.
06. S. Gregório Nazianzeno - (330 - 379), bispo.
07. S. Ambrósio - (340 - 397), bispo - Treves - Itália.
08. S. Jerônimo ( 348 - 420), presbítero - Strido, Itália.
09. S. João Crisóstomo - (349 - 407), bispo - Antioquia.
10. S. Agostinho - (354 - 430), bispo - Tagaste - Tunísia.
11. S. Cirilo de Alexandria - (370 - 442), bispo
12. S. Pedro Crisólogo - (380 - 451), bispo , Imola - Itália.
13. S. Leão Magno - (400 - 461), papa, Toscana, Itália.
14. S. Gregório Magno - (540 - 604), papa - Roma - Itália.
15. S. Isidoro - (560 - 636), bispo, Sevilha
16. S. João Damasceno - (650 - 749), sacerdote, Damasco, Síria.
17. S. Beda Venerável - (672 - 735), Newcastle - Inglaterra.
18. S. Pedro Damião - ( 1007 - 1072), bispo , Ravena.
19. S. Anselmo - (1033 - 1109), bispo, Canterbury, Inglaterra.
20. S. Bernardo (1090 - 1153), abade - Dijon, França.
21. S. Antonio de Pádua - (1195 - 1231), sacerdote, Lisboa, Portugal.
22. S. Alberto Magno - ( 1206 - 1280), bispo, Baviera.
23. S. Boaventura - ( 1218 - 1274 ), bispo, Bagnoregio.
24. S. Tomás de Aquino - (1225 - 1274), sacerdote, Itália.
25. S. Catarina de Sena - (1347 - 1380), Sena , Itália.
26. S. Teresa de Ávila - (1515 - 1582) , virgem, Ávila, Espanha.
27. S. Pedro Canísio - (1521 - 1597), presbítero, Holanda.
28. S. João da Cruz - (1542 - 1591), presbítero - Fontiveros, Espanha.
29. S. Roberto Belarmino - (1542 - 1621), bispo, Montepulciano, Itália.
30. S. Lourenço de Brindes - (1559 - 1619), sacerdote, Itália.
31. S. Francisco de Sales - (1567 - 1655), bispo, Genebra.
32. S. Afonso de Ligório - (1696 - 1787), bispo, Nápolis, Itália.
33. S. Teresa de Lisieux - (1873 - 1897) , virgem, Lisieux, França.

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