Em uma carta recente que recebi dizia: “Irmão Sandro Santos, para mim o meu marido morreu desde o dia em que descobri a sua infidelidade... Todas as vezes que chego perto dele parece que estou em um velório, e estou mal, o que faço? Rezem por mim,preciso muito do Consolo e da Misericórdia” (Mariana)

Quando alguém não consegue mais se conviver com certo tempo de vivência, o sentimento que brota no coração é de ter enterrado. Nossa família é uma pequena comunidade, onde as pessoas são cheias de limites, defeitos, falhas não agimos com Misericórdia. Uma falta de misericórdia tão profunda que permite que a pessoa esteja como “enterrada” Alguém dizia para mim ontem: “irmão Sandro já perdoei,mais para mim é mesmo que ter morrido” Santo Ambrósio disse "O sábio, para falar, antes medita o que dizer, ou a quem dizer, em que lugar e tempo." Quantas palavras sem discernimento foram ditas e criaram chagas e traumatismos profundos.

Que coisa, enterrar alguém que continua vivendo. Enfrentamos vários enterros no transcorrer de nossa vida, participamos de enterros de pessoas que aparentemente estão vivas, mas que o ressentimento,rancor ou a mágoa a enterrou para nós, é uma situação que se torna até mesmo incompreensiva. Como a reflexão dos padres do deserto precisou olhar para trás e ver o balde de areia que deixamos cair. Faz-se necessário urgente tentar de varias maneiras procurar a cura interior.

Às vezes alguém massacra toda a ligação e em seu coração você a sente como num luto de alguém que está vivo. A mágoa se apresenta como um desgosto, um descontentamento, que pode ser por alguém ou pela própria vida. : Lucas 6, 38: “Perdoai e sereis perdoados”.

Às vezes criamos projeções de que essa pessoa seria a pessoa perfeita que você sonhava, admirava, gostava... Mais quando sentiu rejeitado, descobriram as imperfeições, fragilidade humana começou a sentir como se ela não estivesse mais viva. A pessoa que você amou não existe mais até é muito mais fácil acreditar que mudou do que usar de compaixão para com suas fragilidades.

Não deseja mais vê-la, porque na sua percepção ela faleceu e você está diante de um verdadeiro velório.

Quantas pessoas dizem: “irmão Sandro toda vez que vejo aquela pessoa começo a me sentir mal” Você não consegue esquecer o que ela fez com você, Alguém que você gostava e você imaginava sentir-se tão querido (a) descobre que ela desapareceu, foi atropelada pelo desgosto, foi pisoteada pelo ressentimento, você descobre uma pessoa diferente de tudo que você havia imaginado, existe outra personalidade, existe uma forma diferente de pensar.

Quanta decepção, ferida emocional, chaga da sua loucura... E o enterro acontece porque praticamente na sua percepção ela obrigou que você enterrasse aparentemente para sempre para conseguir sobreviver. Para dar um novo significado a sua vida. Para Platão, “o amor é o desejo de possuir o que é bom, o que é belo”. De posse do bom e do belo, nos satisfazemos, e a vida acaba por ter um gosto adocicado.

O grande amor foi enterrado. O amor que cresceu de um sentimento tão lindo de seu coração, até mesmo gratificante.

Não deseja mais vê-la, porque na sua percepção ela faleceu e você está diante de um verdadeiro velório.

Quantas pessoas dizem: “irmão Sandro toda vez que vejo aquela pessoa começo a me sentir mal” Você não consegue esquecer o que ela fez com você, Alguém que você gostava e você imaginava sentir-se tão querido (a) descobre que ela desapareceu, foi atropelada pelo desgosto, foi pisoteada pelo ressentimento, você descobre uma pessoa diferente de tudo que você havia imaginado, existe outra personalidade, existe uma forma diferente de pensar.

Quanta decepção, ferida emocional, chaga da sua loucura... E o enterro acontece porque praticamente na sua percepção ela obrigou que você enterrasse aparentemente para sempre para conseguir sobreviver. Para dar um novo significado a sua vida. Para Platão, “o amor é o desejo de possuir o que é bom, o que é belo”. De posse do bom e do belo, nos satisfazemos, e a vida acaba por ter um gosto adocicado.

O grande amor foi enterrado. O amor que cresceu de um sentimento tão lindo de seu coração, até mesmo gratificante.

Cuidar das feridas do coração pela Compaixão

Todo o seu castelo de areia desabou. Outrossim, agora é o tempo de sair desta situação de desabamento e cuidar das feridas do coração. A vida jamais deixará de ter sentido, para aquele que ama viver. Talvez pelo perdão, se conseguir fazer um castelo de cimento e tijolos.

Um trajeto mais simples que escolhemos para terminar com todo o amor que imaginávamos ter por alguém, e do amor para ódio é um passo. Sentindo a carência puxamos sem percebermos inconscientemente tudo que tínhamos mais receio – perder ou ver a traição – vivenciar cartadas que possam assegurar sua decisão e não uma projeção de pensamentos torpedos.

Essa pessoa não aceita que a dificuldade está em você e não em outra pessoa. E a tanta confusão, tanta incompreensão que mesmo com toda a paciência do mundo, suportar e nenhuma maldade em trair, os atos de aspirador de amor se transformarão em não conseguir suportar, fugindo para um grande escape, inclusive aquela que o aspirador mais receia que realize. Parece perder a realidade, mais como o castelo de areia que falamos de alguma maneira não percebe que ela está conduzindo tudo isso. Procure pedir a graça de Deus para ajudar você a superar esse momento, que exige paciência que é fruto da sabedoria do Espírito, para desenterrar alguém é preciso o perdão consolador de Jesus Misericordioso. Estou rezando por você não viver este enterro. È muito mais importante perdoar do que tentar vingar-se. Para isso é preciso buscar a fé. A fé gera o amor para o perdão. Muitas pessoas quando tentamos enterrar alguém falam contrariamente: “Não seja tolo, procure ver todos os seus direitos, vingue-se e procure se impor”.

Misericórdia na realidade latina da palavra: Miser – cordia, tem o sentido que o coração está centrado até no miserável. O coração centrado como a raiz de todos os sentimentos, direcionamento e carinho, se coloca na pobreza (miséria das falhas) e aflições do outro. Este é o sentido da solidariedade familiar ou mesmo entre amigos nesta quaresma. E Deus Misericordioso que fala em Oseias 6,6: “Eu quero a Misericórdia e não os sacrifícios” diante de um perigo de nos omitirmos a ações de solidariedade a tantas violências e não de vivermos de formalismos baratos. Já dizia Nietzsche, “quem tem porque viver agüenta quase todo o como”.O que está em perigo é a existência das pessoas que são o nosso próximo como iniciamos este tema hoje. Ao invés de enterramos as pessoas precisamos olhar para nossa areia de falhas e defeitos e logo depois olhar para os defeitos e falhas dos que nos cercam que já sofre por suas falhas. Para Victor Frankl, “embora se trate de um só momento, pela grandeza desse momento já se pode medir a grandeza de uma vida... e um simples momento pode dar sentido, retrospectivamente, à vida inteira”. E fazê-la levantar e vir para o meio da comunidade orante que se enche de Amor. Jesus Cristo Ressuscite o teu coração e ele se torne numa cascata de AMOR, COMPAIXAO E MISERICORDIA .

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