Quando fomos batizados recebemos a força do Espírito Santo e desse modo nós tornamos filhos adotivos de Deus em Jesus Cristo. A graça santificante começa habitar na criança ou no neo batizado, por isso é preciso que cuidemos da fé em Cristo e que ela seja ensinada para criança e testemunhada por nós para que haja o amadurecimento dela. Cada vez que crescemos no conhecimento de Cristo e da sua Igreja e na intimidade com Deus na oração e no compromisso cristão, nós tornamos exemplos para os outros seguirem.
Papa durante a visita ao Seminário Maior de Roma “Sem o sopro do Espírito Santo, a vocação cristã simplesmente não se explica, perde a sua seiva vital. O mistério da Igreja é todo animado pelo dinamismo do Espírito Santo, que é um dinamismo vocacional em sentido amplo e perene", disse Bento XVI na noite desta sexta-feira, 4/03, em visita ao Seminário Maior de Roma, em razão da Festa de Nossa Senhora da Confiança, Padroeira da instituição (1).
O Santo Padre fez uma lectio divina - método de leitura orante da Sagrada Escritura - a partir de um trecho da Carta de São Paulo aos Efésios (4, 3), destacando as dimensões pessoal, eclesial e trinitária da vocação. O Pontífice indicou a Virgem Maria como modelo por excelência de resposta ao chamado de Deus. Deus, o Senhor, chamou cada um de nós, cada um é chamado pelo próprio nome. Deus é tão grande que tem tempo para cada um de nós, conhece-me, conhece cada um de nós pelo nome, pessoalmente. Há um chamado pessoal para cada um de nós", enfatizou.
O Pontífice salientou que a vida cristã começa com um chamado e permanece sempre uma resposta, até o fim. "E isso tanto na dimensão do crer, quanto na do agir: tanto a fé quanto o comportamento do cristão são correspondência à graça da vocação", explicou. Nessa perspectiva, Bento XVI indicou que o comportamento dos cristãos é conseqüência de um dom recebido. "E, todavia, ainda que simplesmente realização do dom dado a nós, não se trata de um efeito automático, porque, com Deus, estamos sempre na realidade da liberdade. O Batismo, sabemo-lo, não produz automaticamente uma vida coerente: essa é fruto da vontade e do compromisso perseverante de colaborar com o dom, com a Graça recebida. E esse compromisso custa, tem um preço a pagar de parte da pessoa. Seguir Cristo significa compartilhar a sua Paixão, a sua Cruz, segui-Lo até o fim"(1).
O texto de São Paulo indica alguns elementos concretos da resposta que todo o cristão precisa dar a Cristo: "humildade", "docilidade", "magnanimidade", "suportando-vos uns aos outros no amor". "Humildade é imitar a Deus que vem até mim, que é tão grande que se faz meu amigo, sofre por mim, morreu por mim. Essa é a humildade a se aprender, a humildade de Deus. Docilidade, porque, no Batismo, somos configurados a Cristo, portanto devemos configurar-nos a Cristo, encontrar esse espírito de sermos mansos, de convencer com o amor e com a bondade. Magnanimidade, quando damos a nós mesmos com tudo aquilo que possuímos. Suportando-vos no amor - uma missão de todo o dia suportar-se um ao outro na própria diferença, e exatamente suportando-nos com humildade, aprender o verdadeiro amor", elencou o Pontífice. (1)
Segundo São Paulo, o Amor de Cristo é um Amor que liberta, que une os homens uns aos outros, e os une a Deus, não como uma corrente que prende as mãos, mas as deixa livres.O Bispo de Roma também destacou que o chamado é individual, mas também eclesial. A Igreja, segunda Bento XVI, é vinculo, corpo que leva à Cristo: "Nós estamos neste vínculo da paz que é a Igreja, é o grande vínculo que nos une com Cristo. Devemos também ter presente que é muito belo estar em uma companhia, caminhar em uma grande companhia de todos os séculos, ter amigos no Céu e na terra, e sentir a beleza deste corpo, sermos felizes porque o Senhor nos chamou em um corpo e nos deu amigos em todas as partes do mundo".
Por fim, Bento XVI explicou que a unidade da Igreja não é dada por um molde externo, "mas é o fruto de uma concórdia, de um comum compromisso de comportar-se como Jesus, na força do seu espírito" (1).
A Igreja é sinal da presença de Deus entre nós, pois ela fala com autoridade que Jesus deu a Pedro e hoje esse Pedro é o papa Bento XVI. Não há transformação externa de nossa vida se não houver uma verdadeira conversão interior. Não podemos acostumar com as coisas e deixar para que outros as resolvam, pois a nossa participação é importante para que esse mundo tenha as matizes de Cristo que geram o amor, a paz, a verdadeira concórdia, o respeito pelas individualidades e religiões. Cada cristão e cristã devem buscar esta harmonia na comunhão em Deus, na escuta da sua Palavra que liberta e salva, na Eucaristia que alimenta e dá força para lutar a favor do bem e por fim aderir plenamente a Cristo sem medo ou receio.

Fonte (1) www.cancaonova.com

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha 07-03-2011

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