Evangelho segundo S. Mateus 14,1-12.
Por aquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos de Herodes, o tetrarca, e ele disse aos seus cortesãos: «Esse homem é João Baptista! Ressuscitou dos mortos e, por isso, se manifestam nele tais poderes miraculosos. » De fato, Herodes tinha prendido João, algemara-o e metera-o na prisão, por causa de Herodíade, mulher de seu irmão Filipe. Porque João dizia-lhe: «Não te é lícito possuí-la.» Quisera mesmo dar-lhe a morte, mas teve medo do povo, que o considerava um profeta. Ora, quando Herodes festejou o seu aniversário, a filha de Herodíade dançou perante os convidados e agradou a Herodes, pelo que ele se comprometeu, sob juramento, a dar lhe o que ela lhe pedisse. Induzida pela mãe, respondeu: «Dá-me, aqui num prato, a cabeça de João Baptista.» O rei ficou triste, mas, devido ao juramento e aos convidados, ordenou que lha trouxessem e mandou decapitar João Baptista na prisão. trouxeram, num prato, a cabeça de João e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe. Os discípulos de João vieram buscar o corpo e sepultaram-no; depois, foram dar a notícia a Jesus.

O cristão é chamado a dar testemunho da sua fé e não pode conformar com o mal existente no nosso meio. Cada vez o individualismo toma conta do nosso viver. Tornamos insensíveis para com os problemas dos outros e fechamos no nosso eu. Parece que não há ninguém ao nosso redor. A sociedade não pode ficar alheia aos problemas do povo sofrido e nem deixá-lo excluído do sistema de saúde, de habitação e educação. Nós não podemos ficar calados diante das injustiças praticadas por parte de alguma religião, de uma política ou de uma sociedade, pois o mal e é ele que contamina e destrói a dignidade humana.

Segue o comentário ao Evangelho do dia feito por : Beato João Paulo II (Carta apostólica «Tertio Millenio adveniente», 37 )João Baptista, mártir da verdade (Beato João Paulo II)
A Igreja do primeiro milénio nasceu do sangue dos mártires: «sanguis martyrum — semen christianorum» (sangue de mártires, semente de cristãos). Os acontecimentos históricos [...] nunca teriam podido garantir um desenvolvimento da Igreja como o que se verificou no primeiro milénio, se não tivesse havido aquela sementeira de mártires e aquele patrimônio de santidade que caracterizaram as primeiras gerações cristãs. No final do segundo milénio, a Igreja tornou-se novamente Igreja de mártires. As perseguições contra os crentes — sacerdotes, religiosos e leigos — realizaram uma grande sementeira de mártires em várias partes do mundo. O seu testemunho, dado por Cristo até ao derramamento do sangue, tornou-se patrimônio comum de católicos, ortodoxos, anglicanos e protestantes, como ressaltava já Paulo VI. [...] É um testemunho que não se pode esquecer.

No nosso século, voltaram os mártires, muitas vezes desconhecidos, como que «soldados desconhecidos» da grande causa de Deus. Tanto quanto seja possível, não se devem deixar perder na Igreja os seus testemunhos. [...] Impõe-se que as Igrejas locais tudo façam para não deixar perecer a memória daqueles que sofreram o martírio, recolhendo a necessária documentação. Isso não poderá deixar de ter uma dimensão e uma eloqüência ecuménica. O ecumenismo dos santos, dos mártires, é talvez o mais persuasivo. A «communio sanctorum», a comunhão dos santos, fala com voz mais alta que os factores de divisão. [...] A maior homenagem que todas as Igrejas prestarão a Cristo no limiar do terceiro milénio será a demonstração da presença omnipotente do Redentor, mediante os frutos de fé, esperança e caridade em homens e mulheres de tantas línguas e raças, que seguiram Cristo nas várias formas da vocação cristã.

Assim, se cada cristão assumir de verdade a fé em Jesus Cristo, professá-la e vivê-la; o mundo será melhor e as pessoas vão ser boas e desse modo, o Reino de Deus já pode ser visto no meio de nós. Não podemos ficar no intimismo e de uma religião só para si. Não podemos estar em comunhão com Deus com coração fechado para as pessoas que mais precisam. O cristianismo é a religião do amor, do serviço e da caridade desinteressada que leva vida, paz e bem a todos. Todos são convidados a ser santos e ser uma pessoa aberta a graça de Deus e transformar a si mesmo em criaturas novas restauradas no sangue derramado de Cristo e possuir a estatura e dignidade de filhos e filhas amadas de Deus, Amém!

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha 30-07-2011

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