Queridos irmãos e irmãs, a Igreja é portadora do anuncio de Cristo a todos os homens. Nós entramos na Igreja pelo Batismo que nos faz filhos e filhas muito amados de Deus. Jesus é a porta de entrada para o Reino de Deus se seguimos o passo Dele na vida de comunidade, de família e de sociedade em que vivemos. Embora hoje muitos esqueçam que Deus é tudo, procuram fórmulas e formas cômodas e ainda relativizam a fé. O mundo moderno com todas as suas conquistas que existem ao nosso alcance nos coloca em perigo de esquecer Deus ou achá-Lo obsoleto ou desnecessário. Muitos vivem sem ter uma ligação a Deus e esquece-se de Jesus ou minimizam a sua ação para 2000 anos atrás. Parece que Deus fica no ontem. Mas nós cristãos que estamos sempre em contato com Jesus que fala no seu evangelho e na comunhão que é o seu próprio corpo que nos dá força e animo para dar razão a nossa fé em Cristo ressuscitado. (1)
O Papa se encontrou com os participantes da Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana. A racionalidade científica tende a uniformizar o mundo e surge, às vezes de maneira confusa, um singular e crescente questionamento sobre a espiritualidade e o sobrenatural, o que, segundo o Papa Bento XVI, é sinal de uma inquietude que habita no coração do homem que não se abre ao horizonte crescente de Deus. Ao se encontrar nesta quinta-feira, 24, com os participantes da Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana, o Pontífice destacou que a situação de secularismo caracteriza, sobretudo, as sociedades de antiga tradição cristã e corrói aquele tecido cultural capaz de abraçar toda a existência humana. (2)
“O patrimônio espiritual e moral no qual o ocidente aprofunda suas raízes e que constitui sua força vital, hoje não é mais um valor profundo. Isso se reflete na diminuição da prática religiosa. Tantos batizados perderam a identidade e a afiliação, não conhecem os conteúdos essenciais da fé ou pensam ser capazes de cultivá-la sem a mediação eclesial”, ressaltou. Enquanto muitos olham com dúvida as verdades ensinadas pela Igreja, outros reduzem o Reino de Deus a alguns grandes valores, que têm certamente a ver com o Evangelho, mas, como reforça o Papa, ainda não são o núcleo da fé cristã. “O Reino de Deus é dom que nos transcende. Como afirmava o beato João Paulo II, ‘o Reino de Deus não é um conceito, uma doutrina, um programa sujeito à livre elaboração, mas é, acima de tudo, uma Pessoa que tem o nome e o rosto de Jesus de Nazaré, imagem do Deus invisível’”, disse o Papa. (2)
Infelizmente, o Santo Padre reconhece que o próprio Deus foi excluído do horizonte de muitas pessoas e o discurso sobre Deus ainda está relegado no âmbito subjetivo, reduzido a um fato íntimo e privado, marginalizado pela consciência pública. “Num tempo no qual Deus se tornou para muitos o grande Desconhecido e Jesus simplesmente um grande personagem do passado, não haverá um relançamento da ação missionária sem o renovamento da qualidade da nossa fé e da nossa oração; não sermos capazes de oferecer respostas adequadas sem um novo acolhimento do dom da Graça; não saberemos conquistar os homens pelo Evangelho sem tornar nós os primeiros a aprofundar a experiência com Deus”, enfatizou. Bento XVI salienta que a missão da Igreja foi e sempre será a de levar os homens e as mulheres à uma relação com Deus, ajudá-los a compreender que cumprir a vontade de Deus não é um limite à liberdade, mas torna-os realmente livres.“ Deus é grande, não é concorrente da nossa felicidade, e ao encontrar o Evangelho – e aqui a amizade com Cristo – o homem experimenta ser objeto de um amor que purifica, aquece e renova, e torna capaz de amar e servir o homem com amor divino”, destaca o Papa.(2)
A palavra do papa nos exorta e nos adverte para a mensagem de Cristo que é sempre atual. Jesus é o mesmo ontem e sempre. Não podemos colocar Deus na nossa concepção do eu sem transcender a Ele. Deus que comunicar com a humanidade e se faz presente na nossa historia. Não estamos sós nesta jornada para o céu. Nós chegamos a Deus pela voz da Igreja que tem a missão de nos aproximar de Deus. Ela é a porta voz do divino e nos orienta para o caminho correto que nos leva a verdadeira liberdade de Filhos de Deus. Somos livres quando podemos optar para o bem ou o mal. O mal nos escraviza e o bem nos liberta e nos deixa livre. Com Deus podemos experimentar a graça santificante que nos faz sermos regenerados em Cristo. Portanto, a Igreja é a guardiã do tesouro da fé e tem a responsabilidade de interpretar e nos ensinar a verdade de Deus. Assim, formamos a Igreja que milita no mundo e segue testemunhando que Jesus é o Senhor para a honra e gloria de Deus Pai na força do Espirito Santo. Amém (1) Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós!
(1) Reflexão do Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha
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