A Igreja celebra nesta quinta-feira (07-06-20120), A Festa de Corpus Christi ou corpus Domini. O sangue e o corpo de Cristo que selou para sempre a nova aliança e nos faz compreender o Sacrifício salvífico de Cristo. Um Deus que se deixa morrer para dar vida a todos. Ele ressuscita e ainda nos dá um presente salutar que é o seu próprio corpo e sangue como comida e bebida que nos habilita para o céu. Como o próprio Jesus nos fala quem come o meu corpo e bebe o meu sangue tem a vida eterna.
A liturgia bíblica nos faz vivenciar a eucaristia, o sacramento da Nova  eterna aliança. Agora a antiga Aliança  dá o lugar para a nova em Cristo em cada missa que participamos e celebramos.
No livro do Êxodo vemos o Povo de Deus selando a aliança com Deus com o sangue aspergido do sacrifício feito para celebrar a saída do Egito, da aliança que Deus faz com ele, a entrega da Lei e a Palavra de Deus que o exorta para serem fieis, pois Deus é fiel. Há aqui a comunhão do Povo com Deus, o altar é sinal que Deus está com seu povo através do sangue derramado  nele e aspergido sobre o povo. Os dez mandamento são leis da vida  de família, de propriedade e respeito que vão ser importante para a comunidade e harmonia do Povo. Embora esse povo era desobediente, mas Deus nunca volta atrás e fará uma aliança para sempre conosco em Cristo. Cabe a cada um de nós aderirmos plenamente a Deus e não praticar nada que destrua a vida e a dos outros. (cf. Ex 24,3-8)
Na carta aos hebreus nos exorta para a verdade absoluta no sangue derramado de Jesus na cruz que marcou e selou para sempre a aliança conosco. Deus faz um pacto com a humanidade e a quer renovada em todas as dimensões. Por isso não podemos ficar presos às coisas mudanas que atrapalham a termos comunhão com Deus. Não podemos jamais sair do bem para viver o mal que nos escraviza e nos deixa só e sem liberdade. A eucaristia é o sacrifício de Cristo sempre renovado par a salvação da humanidade. (cf. Hb 9,11-15)
O Evangelho apresenta as características essenciais do Sacrifício de Cristo. Jesus entrega por todos e atualiza para sempre aliança de Deus com a humanidade. O seu sangue vitaliza a Igreja e a faz resplandecer no amor de Cristo por nós. Somo salvos em Cristo. O amor de Jesus se faz presente no Pão que alimenta e nos regenera para a vida eterna. O cristianismo se faz na solidariedade, no amor-doação e no perdão. A partilha e a generosidade são consequência da nossa participação da Eucaristia. Jesus nos quer comprometido com a sua Igreja que transforma a realidade de morte para realidade de vida. Numa sociedade materialista e individualista entram em confronto com a Eucaristia que é o sacramento do amor total de um Deus que não se isola, mas se torna presente em cada um que constrói uma sociedade justa de irmãos e irmãs. Somos a Igreja do pão repartido e de uma mesa que todos podem chegar e cear, pois Jesus é aberto a todos. (cf. Mc 14,12-16.22-26)
Seguir Jesus é comprometer com os mais necessitados, os doentes, os presos, os pobres, os desempregados, os que são marginalizados que carecem do amor e da fraternidade que a eucaristia traz a cada um de nós. Como diz o nosso papa no ano passado em Roma: “Quem reconhece Jesus na Hóstia Santa reconhece-o no irmão que sofre, que tem fome e sede, que é forasteiro, nu, doente, encarcerado; e está atento a cada pessoa, compromete-se, de modo concreto, com todos aqueles que estão em necessidade. Do dom de amor de Cristo provém, portanto, a nossa especial responsabilidade de cristãos na construção de uma sociedade solidária, justa, fraterna. Especialmente no nosso tempo, em que a globalização torna-nos sempre mais dependentes uns dos outros, o Cristianismo pode e deve fazer sim que essa unidade não se construa sem Deus, isto é, sem o verdadeiro Amor, o que daria espaço à confusão, ao individualismo, à opressão de todos contra todos. O Evangelho procura sempre a unidade da família humana, uma unidade não imposta do alto, nem por interesses ideológicos ou econômicos, mas sim a partir do senso de responsabilidade de uns com relação aos outros, porque nos reconhecemos membros de um mesmo corpo, do corpo de Cristo, porque aprendemos e aprendemos constantemente do Sacramento do Altar que a partilha, o amor é o caminho da verdadeira justiça.” Amém
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha 07-06-2012

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