A liturgia nos recorda o profeta Elias que agiu com poder e a sua palavra queimava como fogo. Mostrou a todos o poder de Deus aniquilando os inimigos e os falsos profetas Com seu jeito de agir levantou mortos, consagrou reis e ainda foi arrebatado numa carruagem de fogo e deixou em seu lugar Eliseu. Isso mostra que é sempre Deus agindo na nossa historia humana, por meio de profetas, que anuncia a justiça de Deus com poder e misericórdia. Deus nunca desampara ninguém e sempre age por meio de pessoas que seguem a sua verdade e O testemunha em todo lugar.  (cf. Eclo 48,1-15)
O evangelista Mateus nos mostra Jesus ensinado a oração do Pai nosso como prece aceita por Deus. É uma oração de confiança e de despojamento diante de Deus que é Pai que nos acolhe, nos assiste nos momentos difíceis e ainda nos livra de tudo aquilo que nos afasta da sua comunhão e vida. Jesus nos chama para o perdão, pois Deus perdoa quem perdoa o seu irmão ou irmão que se ofendem. Esse perdão é a condição de Deus nos perdoar também. A prova de amor que temos a Deus quando amamos e perdoamos mutuamente. Então, porque ficarmos com rancores e falta de perdão aos outros? Se quisermos chamar Deus de Pai, então devemos amar e tratar a todos como irmãos nossos também. (cf. Mt 6,7-15)
Queridos irmãos e irmãs, estamos iniciando hoje primeiro dia do tríduo em preparação a festa de São João Batista com o tema: a vida e a missão de João Batista. A liturgia nos ajuda a mergulhar no mistério pascal de Cristo que é manifestado na vida dos santos, dos mártires e dos profetas. A missão é recebida de Deus e cada um deve deixar ser guiado por Ele, fazendo a sua vontade. João Batista veio ao mundo com a missão de ser percussor de Cristo. Uma voz que falou no deserto e preparou o caminho para o Senhor.
Nasceu de Isabel e Zacarias que foram agraciados por Deus, pois eles eram bem idosos quando o concebeu. Isso mostra que Deus atende o clamor e exalta as pessoas, pois eles não tinham filhos. Isso era um sofrimento a eles, pois o povo considera essa situação como castigo divino, mas Deus zela e atende a oração deles e João vem como sinal da bondade de Deus. Ele teve uma vida modesta e alimentava de gafanhotos e mel no deserto, que é lugar da manifestação e da presença de Deus. João Batista tinha uma missão de anunciar o juízo de Deus, pedia a conversão de todos e batizava com agua como sinal de mudança de vida. Ele tinha consciência que não era o Messias e foi ele que apontou Cristo como cordeiro. João Batizou Jesus, porem não usurpou dessa prerrogativa.  O mestre Jesus Cristo deixou ser batizado por Ele como sinal de inicio da sua missão messiânica . A humildade e desprendimento de João Batista nos ensinam a sermos também servos e seguidores de Cristo sem exaltar e nem exigir regalias pelas nossas ações pastorais.
Que esta liturgia e a festa de João Batista que queremos participar nos levem a tomar consciência cada vez mais do nosso papel de cristão de anunciar Cristo e evangelizar com a nossa vida de coerência cristã. Se quisermos uma sociedade justa e fraterna, então devemos ser missionários do Senhor como foi João Batista que deixou Jesus aparecer sem querer nada em troca. Ele foi elogiado por Jesus pela sua vida e coerência no seu proceder, não se corrompeu pelos poderosos e teve coragem para denunciar os erros deles. Portanto sejamos fortalecidos na oração, na eucaristia e numa vida aberta a comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs da comunidade. Desse modo, seremos portadores da boa nova de Cristo na família, na sociedade e na Igreja para que esse mundo seja mais justo e fraterno. O reino de Deus acontece na medida em que tivermos a coragem de João Batista de não misturar com mal e sempre praticar o que é bom e reto, fazendo a vontade de Deus. Amém
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha 21-06-2012

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