Quando  há partilha de pão não há fome e nem miséria

 
Queridos irmãos e irmãs, estamos no mundo onde as teorias econômicas dizem que vão acabar com as misérias e as fomes do mundo, ,mas o que vemos é uma má distribuição da renda, de um lado temos alguns ricos e de outro muitos pobres clamando por justiça sóciais.

A liturgia desse domingo nos fala e nos mostra como que Deus age diante da fome e escassez dos povos. Sabemos que ao redor das mesas há muitos fatos que marcam a vida das pessoas, dos encontros da família e dos povos. Sabemos que esses momentos são muito importantes de criar laços entre as pessoas, promovendo a comunhão e a fraternidade com todos Ao redor da mesa celebra-se as festas de casamento, de batizados, de formaturas, de trabalhos, tudo isso reforça as amizades no rito da vida. Cada liturgia, que participamos, é um convite do Senhor diante da mesa da Palavra e da eucaristia, elas são fartas e gratuitas.

No livro de Isaias, nos mostra Deus nos convidando para estar à sua mesa cheia onde todos podem ficar e é gratuita para todos. “Assim diz o Senhor na voz do profeta: Venham matar a sede e comprar sem ter dinheiro, comer sem pagar, beber vinho e leite à vontade”. (Is 55,1-3). O contexto da época era que o povo estava no exílio com fome e sofrendo muito, mas o Deus é atento às necessidades das pessoas. Esse apelo que o profeta faz ao Povo de Deus para que não desanimasse, pois as pessoas teriam que ter esperança da volta à terra de origem. Isso se realiza no banquete da vida, da libertação, da paz com justiça e de tudo que faz bem ao homem que está na presença de Deus.

Na carta aos Romanos nos mostra esse hino de louvor, pois só amor de Deus que é pleno , pois consegue atingir a pessoa e a humanidade. Deus, no seu grande gesto de amor ao ser humano envia Jesus que traz o verdadeiro banquete da vida eterna e abundancia para aqueles que querem segui-Lo com fidelidade. (cf. Rm 8,35.37-39)

Evangelho de Mateus se realiza a Profecia de Isaias, o povo faminto é saciado por Cristo na multiplicação dos pães. Esse é o milagre da partilha e da fraternidade dos povos, pois onde tem disposição e vontade de fazer o bem acontece a justiça social. Temos uma grande multidão seguindo Jesus e ouvindo os seus ensinamentos, mas a noite vem e como que vai alimentar aquela multidão.? Aqui se  tem o sinal do Êxodo, onde Moises saciou o povo com o maná que descia do céu, agora é Jesus que dá o seu pão ao povo e convida  os discípulos para que façam o mesmo que Ele fez. É no deserto que temos o encontro com Deus com os irmãos e irmãs de caminhada. Aqui aprendemos estar com o Senhor nas nossas mazela, para ser libertado por Ele para uma vida plena, mas é preciso a partilha de dons de cada um para que  ninguém fique de fora do banquete da vida que Deus sempre oferece a todos.

Como que Jesus resolve o problema da fome do Povo? Primeiro Ele vê a fome e busca a solução no meio do povo. Como Ele mesmo diz: "Dai-lhes vós mesmos de comer”. Segundo modo de resolver, Ele convida a partilha que saciou os famintos. Recolhe da mão de um menino cinco pães e dos peixes. Todos se saciaram e ainda sobrou. Devemos combater o desperdício que não deixa o outro comer e saciar a fome. Como que Jesus fez isso: Ele tomou os cinco pães e dos peixes, ergue os olhos para o céu e orou uma benção, pois tudo vem de Deus no mundo. ( cf.  Mt 14,13-21)

Nós somos administradores, mas precisamos ser fieis e justos na partilha de dons ás pessoas. Que esta liturgia de hoje nos ajude a estar no Banquete de Deus, que é justiça e paz para todos e que ninguém esteja nas preferias de nossas cidades, de nossas casas  e de nosso centros, pois muitas vezes, alguém que está ao nosso lado passa fome material e espiritual. Que o Deus da vida seja a nossa meta e que haja sempre pão no mundo para todos. Amém! 

Jose Benedito Schumann Cunha- (graduado em Filosofia e em Teologia)

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