A onde Deus se encontra, a terra é santa

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Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 3º Domingo da Quaresma. Esse domingo nos convida a conversão, que é mudar de rumo e ir para Deus com a vida e coração renovado. Como que isso acontece na nossa vida? A resposta vai ser nos frutos das nossas ações que são: amor que se espalha no nossos gestos no mundo, na paz que produzimos com a nossa presença e justiça que faz acontecer o bem para todos.

Sabemos que é difícil esse processo, pois a conversão é um processo longo, continuo porque é preciso desligar de muitas coisas que atrapalham que sejamos livres. A libertação é necessária para que possamos agir e viver o bem que transforma a nossa vida e a dos outros. Devemos pensar que a onde Deus está a terra é sagrada.

No livro do Êxodo, temos a narração da conversão de Moisés. Vimos que Deus manifestou primeiro dizendo numa sarça ardente de fogo que não a consumia e manda Moisés tirar a sandálias. Esse gesto de tirar a sandália seria não ficar nenhum resíduo do passado do Egito para poder ser um libertador eficaz. A grandeza de Moisés não parte dele mas de Deus e desse modo Deus confia a ele a missão de libertar o seu povo escravo no Egito. Vai ser uma marcha pelo deserto.

Sabemos que o deserto é o longo tempo e lugar de fazer mudança. Foi um tempo de purificação das crendices e religiões pagãs que eles foram influenciados para uma religião pura para poder entrar na terra prometida. A Quaresma é esse temo longo e de conversão a Deus que tudo é. Como foi outrora no deserto até entrar na terra prometida, agora nós fazemos o caminho da quaresma através da oração, da penitência e jejum para celebrar a Pascoa do Senhor até a nossa Pascoa definitiva. Temos que converter diariamente, libertando do egoísmo que escraviza e do pecado que nos aniquila para tomar posse do Reino de Deus aqui até a eternidade (cf Ex 3,1-8.13-15)

Na primeira carta aos Coríntios, São Paulo nos convida a recordar os fatos extraordinários que Deus realizou ao seu povo no deserto até a terra prometida. Ainda nos adverte para a falsa segurança da religiões fáceis do povo que estava escravizado. Deus deu a todos o pão, o Maná que veio do céu e a água do rochedo, isso é o alimento e bebida espiritual.

Hoje temos a eucaristia com vinho consagrado que são pão que é Cristo e o vinho que é sangue de Cristo. Mas nem todos aceitaram e assumiram a Aliança que Deus fez com seu povo, eles ficaram pelo caminho no deserto e não entraram na terra prometida. E hoje muitos não se comprometem a com a Igreja e com o projeto do Reino que deve ser construído entre nós. Deus nos convida a convertemos e fazer uma aliança de amor com Ele, mas infelizmente muitos querem uma religião fácil e sem compromisso com os mais fracos, doente, pobres e marginalizados no mundo devido a injustiça imposta pelos poderosos do nosso tempo. ( cf. 1Cor 10, 1-6.1-12)

O evangelista Lucas nos exorta para a conversão de vida e mudança de rumo. Estamos diante de dois fatos: uma a matança promovida por Pilatos e outra a queda da Torre de Siloé. São fatos terríveis daquela época como hoje nos deparamos com mortes violentas, atentados, a indiferença com os marginalizados nos vícios e miséria. Jesus alerta se não convertemos e mudamos o nosso modo de ser, isso vai acontecer conosco como diz Jesus: "Se vocês não se converterem, morrerão todos do mesmo modo..." e Jesus ainda nos alerta o que aconteceu naqueles episódios não é castigos, mas um alerta para a conversão deles e também a nós que devemos mudar o nosso coração de pedra para um coração sensível para com os sofrimentos e dores do nosso povo.

A parábola do figueira estéril que não produz o fruto no tempo deseja e que pode ser destruída, mas foi dado mais um tempo para aquela figueira seja revigorada com atitudes na terra para que ela produza os frutos que são exigidos dela, mas a paciência de Deus tem limite e a bondade também. Deus espera de nós mudança, faz apelo a nosso conversão a Ele e que seja visível no nosso agir no mundo. Devemos ser pessoas novas que praticam o bem, a justiça, o perdão e misericórdia. (cf. Lc 13,1-9)

Que esta liturgia nos ajude a tomar consciência e mudar de vida para que a Pascoa seja uma realidade entre nós.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

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