"Vem Espírito Santo" nos renovar




 

Queridos irmãos e irmãs em Cristo, vamos celebrar neste domingo, o Domingo de Pentecostes. Recordamos a vinda do Espírito Santo no Cenáculo, onde estava Maria e os apóstolos. Nesse lugar estavam juntos, reunidos em oração. O Espírito Santo veio em forma de línguas de fogo que iluminam as inteligências para as coisas do alto.

 

Desse modo, eles se enchem do Espírito Santo, têm coragem para proclamar sem medo que Jesus crucificado, aparente derrotado, ressuscitou e deixou a Igreja como sinal Dele no mundo. Nada pode perturbar ou destruir a Igreja porque ela é querida por Deus.

 

Pentecostes é uma festa antiga que os judeus tinham a tradição de comemorar após 50 dias após  Páscoa, mas agora com a  Páscoa do Senhor e depois dele está com os apóstolos durante 40 dias, foi para o céu e cumprindo a Promessa envia o Espírito Santo para autenticar todo Evangelho de Cristo vivido no meio deles e dar a força para que eles e todos fossemos testemunhas vivas de Cristo ressuscitado.

 

Antigamente o povo judeu agradecia aliança a as colheitas, pois sabia que tudo vem de Deus. É a teoria que acontece para mostrar que Deus é e está presente em todas as partes do mundo, pois este é um fato que não se pode negar e nem refutar. Tudo fala da presença de Deus entre nós.

 

No livro dos Atos dos apóstolos nos fala do Pentecostes cristão. É um acontecimento que faz a Igreja sair do medo para ação evangelizadora. Embora a narrativa seja um pouco diferente do antigo testamento, mas se completam. Estão todos reunidos, e a força do Espírito Santo se reparte e vai para todos. É o dom que vem para nos impulsionar para missão como foi para os apóstolos e agora é para todos nós.

 

Não podemos ser uma Igreja intimista e nem eufórica, mas uma Igreja que reparte os dons da vida na comunhão e na partilha. Devemos ser a Igreja corajosa que vai ao mundo e usa todas as formas para evangelização. A principal arma é a atitude acompanhada pela Fé na ação da Palavra de Deus que tudo faz no meio do povo, no povo de Deus. Se estamos unidos e tivermos o coração fraterno de comunidade, a linguagem é a mesma e todos entendem, porque a linguagem é a do amor que transcende todas as barreiras de raça, credo e política. (At 2,1-11)

 

Em Babel, a língua separa e trouxe confusão e desunião entre os povos, mas agora o Pentecostes cristão nos unem e nos faz irmãos uns dos outros com toda efusão do Espírito Santo que nos anima a sermos corajosos e conscientes cristãos no mundo tão dividido por guerras, por ideologias humanas e materialistas. A linguagem que nos une deve ser o amor que tudo pode, que compreende, que tudo partilha, que tudo é solidário, tudo perdoa e tudo constrói a civilização do amor. Assim a Igreja é a comunidade do amor.

 

João em 20,19-23 nos mostra que o Dom do Espírito Santo acontece no dia da Páscoa. O lugar da noite, do medo e desamparo foram removidos com a presença de Cristo quando sopra o Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos e eles se enchem de alegria pela presença de Jesus que traz a paz verdadeira e hoje o mundo carece dessa paz porque deixa Jesus na sala de visita e não o deixa ser participante ativo na família reunida. É na participação da mesa e nos encontros que encontramos a força do Espírito Santo que nos enche de amor, de compreensão mesmo na dor e no sofrimento humano que abala a toda humanidade.

 

Que as nossas casas permitem que Cristo entre na forma da Palavra de Deus, no convívio fraterno e na fração do pão. Não se pode ter Jesus ou querer vê-lo se não defendemos a vida em todas as suas fases e nem ficar omissos diante de tantas mortes que podem ser evitadas tanto na assistência sanitária como nas atitudes humanas a favor delas. Não pode ter e nem ser Igreja sem se comprometer com outro na vivência comunitária, na oração e na solidariedade do pão partido

 

Que esta liturgia nos inflame do Espírito Santo e que possamos ser missionários católicos ambulantes carismáticos em todas as partes do mundo que precisa de nossa presença e de ajuda para que Jesus seja de fato alguém presente sempre na vida de todos.

 

Tudo por Jesus nada sem Maria

 

Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.