Lembrar dos que já foram é se grato a vida que Deus nos deu



Queridos irmãos e irmãs no batismo em Cristo. Pela fé nos lembramos dos que foram antes de nós e somos gratos por ter vivido com eles. A saudade nos faz sentir um pouco perto das lembranças vividas com as pessoas que amamos nesta vida. Neste dia oramos e agradecemos a Deus pela vida deles entre nós.

Muitas lembranças chegam em nossa memória e como é bom isso. A esperança e a fé nos animam nesta jornada. Deus nos dá força e ânimo de continuarmos caminhando neste mundo. Nada pode nos separar do amor de Deus entre nós. Celebrar este dia é crer e ter a fé que nos leva a eternidade, agora eles estão no céu juntamente como os santos e anjos em Deus.

O que vai iluminar a nossa fé é a liturgia deste dia. Não é para ficarmos tristes, mas devemos encher o nosso coração de esperança, fé e amor em Cristo vivo e ressuscitado.

No livro de Jó (Jó 19, 1.23-27) , nós vemos o clamor dele a Deus. Ele passou por muitos sofrimentos e perdas. Bens materiais e humanos foram tirados dele, mas ele não perdeu a fé no Deus vivo. Assim ele diz: "Eu sei que o meu Redentor está vivo, e por último se levantará sobre a terra".

Devemos seguir o exemplo de Jó, pois a fé nos ajuda a não apagar a nossa crença em Deus da vida . Portanto a morte não é fim, mas uma passagem breve para a vida em abundância no céu com Deus para sempre. Sabemos que Jesus venceu a morte e a nossa dor da partida de nossos entes queridos nos faz ter um bálsamo regenerador no Cristo ressuscitado   em nosso coração;

A primeira carta de Paulo aos coríntios (1Cor 15,20-24ª-28) nos fala em bom tom que Cristo ressuscitou verdadeiramente e Ele é a garantia da nossa fé na vida eterna que Ele nos deu com a sua morte e ressurreição. Jesus foi o primeiro e nós vamos ressuscitar um dia com Ele. Todos que estão com Cristo vão ter a garantia da ressurreição para uma vida eterna com Deus para sempre. Vai ser um dia de Páscoa.

No Evangelho de Lucas  (Lc 12,35-40) nos fala da vigilância para ter o encontro com o Senhor. Aqui a figura é de um servo que espera o Senhor com vela acesa e não a deixa apagar porque não sabe a hora que Ele virá. “Ficai preparado, porque o Filho do Homem vai chegar   na hora em que menos o esperardes”. Esperar é ter a esperança e amor com o coração ardoroso voltado para Deus.

Um Deus que nos quer bem sempre. Assim devemos estar prontos para o Senhor quando vier até nós. Assim nós concluímos que as três leituras deste domingo nos dão alegria e esperança na vida e não na morte, a fé de Jó, a vitória de Cristo e a vigilância, todos eles não dão o norte a seguir e deste modo não vamos ficar perdidos e sem rumo. Não se deve ter tristeza mas esperança no Deus da vida.

Que esta liturgia nos ajude a viver a conversão a Deus e ter um coração agradecido pelos presentes que as pessoas deixaram em nossa vida e que a gratidão nos encha o nosso coração. Está na esperança e no amor de Deus sempre.

Para viver essa esperança e certeza. Acredita na vida eterna é a mola que nos leva a Deus e que possamos voltar novamente a casa do Pai agradecido e que a nossa fé seja revigorada na Palavra de Deus e na Eucaristia. O salvador está vivo para sempre.

Tudo por Jesus, nada sem Maria. Shallon Adonai. Servus Christi semper.

Jose B. Schumann


 Papa: Deus nos salvou ao abraçar a cruz, oferecendo-se como mestre e amigo



No Angelus, Leão XIV reflete sobre o significado da festa da Exaltação da Santa Cruz, que se celebra neste domingo, 14 de setembro, e sublinha que Jesus se tornou “nosso companheiro” e “médico” para nos redimir e se fez “para nós Pão partido na Eucaristia”, transformando um “instrumento de morte” em “instrumento de vida”. “A sua caridade é maior do que o nosso próprio pecado”.

“Deus, para redimir os homens, se fez homem e morreu na cruz.”

É por isso que a Igreja celebra a Exaltação da Santa Cruz, neste domingo, 14 de setembro, dia em que, segundo a tradição, Santa Helena “encontra o madeiro da Cruz, em Jerusalém, no século IV”, explica Leão XIV no Angelus, na Praça de São Pedro.

A conversa de Jesus com Nicodemos

A festa litúrgica também lembra a devolução da relíquia da Cruz “à Cidade Santa, por obra do Imperador Heráclio”, acrescenta o Papa, que se detém, em seguida, no Evangelho dominical para aprofundar o significado do sacrifício extremo de Cristo. O protagonista é Nicodemos, “um dos chefes dos judeus, pessoa reta e de mente aberta”, que encontra Jesus à noite e “precisa de luz, de orientação: procura Deus e pede ajuda ao Mestre de Nazaré, porque reconhece n'Ele um profeta”, esclarece o Pontífice, e “o Senhor o acolhe, o escuta e, no final, revela-lhe que o Filho do homem deve ser elevado, ‘afim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna’”.

Cristo nos salvou através da cruz

Falando a Nicodemos, Jesus lembra o episódio do Antigo Testamento que narra os israelitas no deserto atacados por serpentes venenosas, que se salvaram “olhando para a serpente de bronze que Moisés, obedecendo à ordem de Deus, tinha feito e colocado sobre uma haste”, e especifica, então, que Deus “amou tanto o mundo que entregou o seu Filho único, para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna”.

Deus salvou-nos revelando-se a nós, oferecendo-se como nosso companheiro, mestre, médico, amigo, até se tornar para nós Pão partido na Eucaristia. E para realizar esta obra, serviu-se de um dos instrumentos de morte mais cruéis que o homem já inventou: a cruz.

O amor de Deus é maior do que o pecado do homem

Celebrar a exaltação da cruz, então, significa fazer memória do “amor imenso com que Deus” abraçou a cruz “para nossa salvação – conclui o Pontífice –, transformando-a de instrumento de morte em instrumento de vida, ensinando-nos que nada pode nos separar d'Ele e que a sua caridade é maior do que o nosso próprio pecado”. Daí o convite a pedir, “por intercessão de Maria”, que “em nós se enraíze e cresça” o “amor” de Cristo “que salva, e que também nós saibamos nos doar uns aos outros, como Ele se doou totalmente a todos”.

Papa: Deus nos salvou ao abraçar a cruz, oferecendo-se como mestre e amigo

Leão XIV: uma teologia que se encarne nos eventos concretos da humanidade de hoje



Leão XIV convidou a cultivar “uma teologia baseada no encontro pessoal e transformador com Cristo e que se esforce para encarnar-se nos eventos concretos da humanidade de hoje”. Palavras do Pontífice no encontro com os participantes no Simpósio da Pontifícia Academia de Teologia na manhã deste sábado (13) no Vaticano.

Na manhã deste sábado (13/09) o Papa Leão recebeu os participantes do Simpósio da Pontifícia Academia de Teologia por ocasião do encerramento do Encontro internacional sobre o tema: Criação, Natureza, Ambiente para um mundo de Paz. Após recordar que a sustentabilidade ambiental e a custódia da criação são compromissos inegociáveis para a sobrevivência do gênero humano, o Papa Leão afirmou que “qualquer esforço para melhorar as condições ambientais e sociais do nosso mundo requer o compromisso de todos”.

O Papa acolheu os participantes do seminário internacional na Sala Clementina, no Vaticano

Impulso missionário e dialogal da futura ação teológica

Tendo como bússola a Carta Apostólica Ad theologiam promovendam que apresenta os novos estatutos da Pontifícia Academia de Teologia, o Santo Padre disse que iria se deter, em particular, no impulso missionário e dialogal da futura ação teológica. “A teologia”, recordou o Papa Leão, “certamente é uma dimensão constitutiva da ação missionária e evangelizadora da Igreja: ela tem suas raízes no Evangelho e seu fim último na comunhão com Deus, que é o propósito do anúncio cristão”. Continuando no contexto disse ainda, “justamente por ser dirigida a cada pessoa em todos os tempos, a obra de evangelização é constantemente interpelada pelos contextos culturais e exige uma teologia 'em saída', que una o rigor científico à paixão pela história”. Explicando que “a síntese entre esses diferentes aspectos pode ser oferecida por uma teologia sapiencial, à moda daquela elaborada pelos grandes Padres e Mestres da antiguidade que, dóceis ao Espírito, souberam conjugar fé e razão, reflexão, oração e prática”.

Teologia, fruto da experiência

Papa Leão deu exemplos: “Significativo, nesse sentido, é o exemplo sempre atual de Santo Agostinho, cuja teologia nunca foi uma busca puramente abstrata, mas sempre fruto da experiência de Deus e da relação vital com Ele”. “São Tomás de Aquino”, continuou o Santo Padre, “a sistematizou com os instrumentos da razão aristotélica, construindo uma sólida ponte entre a fé cristã e a ciência de todos, entendendo a teologia como uma sapida scientia, ou seja, sabedoria”. Também recordou o beato Antonio Rosmini que considerava a teologia “uma expressão sublime de caridade intelectual, enquanto pedia que a razão crítica de todos os saberes se orientasse para a Ideia de Sabedoria”.

Teologia: sabedoria que abre horizontes existenciais

Em seguida o Papa afirmou: “A teologia é, portanto, essa sabedoria que abre horizontes existenciais maiores, dialogando com as ciências, a filosofia, a arte e a totalidade da experiência humana. O teólogo ou a teóloga é uma pessoa que vive, em seu próprio ato de fazer teologia, a ansiedade missionária de comunicar a todos o 'saber' e o 'sabor' da fé, para que ela possa iluminar a existência, resgatar os fracos e os excluídos, tocar e curar a carne sofredora dos pobres, nos ajudar a construir um mundo fraterno e solidário e nos conduzir ao encontro com Deus”.

Visão antropológica que fundamente a ação ética

Após recordar que a Doutrina Social da Igreja é um testemunho significativo do saber da fé a serviço do ser humano, em todas as suas dimensões, o Papa afirmou: “A teologia é diretamente interpelada por isso, pois não basta uma abordagem exclusivamente ética ao complexo mundo da inteligência artificial; é necessário, ao invés disso, referir-se a uma visão antropológica que fundamente a ação ética e, portanto, retornar à pergunta de sempre: quem é o ser humano, qual é a sua dignidade infinita, que é irredutível a qualquer androide digital?".

Cerca de 130 pessoas participaram da audiência com Leão XIV

O rosto de Deus só pode ser buscado caminhando juntos

Concluindo seu discurso o Papa Leão convidou todos “a cultivar uma teologia baseada no encontro pessoal e transformador com Cristo e que se esforce para encarnar-se nos eventos concretos da humanidade de hoje”. Encorajando todos ao diálogo multidisciplinar para se enriquecerem e enriquecer, levando o bom fermento do Evangelho às diferentes culturas, no encontro com crentes de outras religiões e com os não crentes. “Para que esse diálogo ad extra aconteça - disse por fim o Papa - é preciso do diálogo ad intra, ou seja, entre os teólogos, cientes de que o rosto de Deus só pode ser buscado caminhando juntos. Por isso, espero que a Academia se torne um lugar de encontro e de amizade entre os teólogos, um lugar de comunhão e partilha no qual seja possível caminhar juntos em direção a Cristo”.

fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-09/papa-leao-xiv-seminario-internacional-criacao-ambiente-casina-25.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

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