O Sofrimento faz parte da existência humana
Estamos a celebrar o 5º Domingo do tempo comum no dia 07/02/2021e nesta liturgia vai nos ajudar a iluminar a nossa vida diante de tantas adversidades e situações de nossa existência. O sofrimento é uma delas que todos são atingidos sem distinção. Principalmente neste tempo de pandemia com os vitimados pela covid 19 e pelos milhares de mortes aqui no Brasil e no mundo.
Muitas vezes não entendemos o sofrimento e fazemos questionamentos sobre ele. Sabemos que o sofrimento faz parte da existência humana que pode ter origem pela nossa fragilidade humana e também de guerras, de ódios, de violência de toda ordem, calamidades, pobrezas devido a exploração dos sistemas capitalista e socialista, doenças etc. a pergunta que fazemos: quem é o culpado de tudo isso? Seria um castigo de Deus? Seria o nosso pecado e desobediência a Deus? E a pessoa boa e justa por que sofre? E muitos outros questionamentos de toda a ordem sobre o sofrimento que a comete a todos, quem é o culpado? Como que explica o sofrimento de Jesus na cruz?
Essas perguntas que fazemos tem respostas diante da Palavra de Deus que nos fala como uma teologia do sofrimento.
No livro de Jó temos a experiência de Jó no sofrimento. Ele era um homem bom, justo e era fiel a Deus. Ele tinha muitos bens e uma grande família.
As leituras bíblicas nos dão uma resposta. Uma hora para outra tudo muda mudou na vida de Jó, perdeu os bens e a família e para piorar foi atingido de uma doença grave. Muitos amigos achavam que era castigo de Deus e Jó começou a questionar aquela situação triste que estava passando. Um sentimento de tristeza e de vazio levando isso a Deus. Uma revolta natural, mas logo encontra em Deus a confiança para tirá-lo desse sofrimento.
Aqui ele encontra em Deus a esperança e o sentido da sua própria existência. A experiência do sofrimento de Jó e como que ele se comportou é para nós modelo de fé em Deus. Reconhece que tudo e toda a maravilha que há é obra de Deus. Se Ele fez tudo de bom há de dar a solução para essa situação de sofrimento, de dor e de tristeza. Como nos comportamos diante do sofrimento atual em nós nos e outros? Jamais podemos achar que Deus é culpado e nem um mostro que gosta de ver o sofrimento da pessoa, mas devemos descobrir a ação verdadeira de um Deus compassivo e bom.
Isto nos traz a experiência da esperança e da fé em Deus. Esse sofrimento nos faz crescer e entender a nossa fragilidade e criar em nós um coração solidário pela dor e pelo sofrimento do outro. (cf. Jó 7,1-4.6-7)
Na primeira carta de Coríntios, Paulo nos chama para responsabilidade de evangelizar. Essa é uma responsabilidade que vem do compromisso do nosso batismo. O mundo necessita de evangelizadores comprometidos com a missão de levar Jesus, o bom pastor, que cuida de todas as ovelhas, principalmente as que mais sofrem. Não podemos agarrar na função de trabalho na Igreja, mas colocar a serviço daqueles que mais precisam de nossa ajuda. A igreja não é um aglomerado de pessoas, mas uma comunidade onde todo tem vez e voz. Sejamos um Igreja do pão partido e de saída para que a mesa da vida sejam todos participantes. (cf.1Cor 9,16-19.22-23)
Jesus sai da Sinagoga e vai à casa de Pedro, lá a sua sogra estava acamada e doente. Mas Jesus a cura no gesto de segurar na sua mão e pede para que ela se levante. Assim que restabelece a sua saúde, ela coloca-se para servi-los. Vemos Jesus curando muitos doentes e também Jesus orando no deserto de madrugada a Deus Pai. (cf Mc 1,29-39) Assim a oração é a comunhão que temos com Deus da vida.
A oração é importante para quem
quer servir a Deus numa missão nesse mundo. Devemos ser pessoas de oração e de
atitudes para aliviar a dor de muitos de nossos irmãos e irmãs, principalmente
hoje devido a pandemia. Muitos perderam a vida e muitos ficaram sozinhos e sem
a presença de pessoas para solidarizar e ter compaixão devido a esse vírus e o
medo de ser contagiados.
Que esta liturgia nos ajude a ter mais fé e se colocar na mão do Senhor para que o medo seja substituído pela coragem de ir ao encontro daquele que está em desespero devido a doença, ao desemprego, da falta de assistência de toda ordem. Que o amor vença as barreiras e que sejamos mais fraternos com todos. Amém
Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha
Blog vocacionadosdedeusemaria.blogspot.com
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